JOGOU A TOALHA

Planalto já não tem mais esperança de atingir 172 votos para barrar o impeachment

Depois de atingir 25% dos votos declinados em plenário com larga maioria pro impeachment da presidente Dilma Rousseff, integrantes do governo já contabilizavam apenas 130 votos contrários à abertura do processo na Câmara ao final. Para derrotar o processo, são necessários 172 votos ou evitar que a oposição reúna o mínimo de 342 votos.

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O governo jogou a toalha. Depois de atingir 25% dos votos declinados em plenário com larga maioria pro impeachment da presidente Dilma Rousseff, integrantes do governo já contabilizavam apenas 130 votos contrários à abertura do processo na Câmara ao final. Para derrotar o processo, são necessários 172 votos ou evitar que a oposição reúna o mínimo de 342 votos. Com a baixa contagem de votos pró-governo, nesta reta final, a principal aposta do Palácio do Planalto passou a ser nas abstenções e nas ausências de deputados o que não deve ocorrer.

— A situação está muito difícil. O efeito manada está acontecendo e estamos perdendo votos. Nossa última conta já estava em 130. Agora é trabalhar pelas abstenções e faltas — afirmou um governista que articula o placar do impeachment.

Até às 16h30 deste domingo, apenas 15 deputados não haviam registrado presença. Para o governo, o ideal é que o número de ausências fosse mais significativo.

 

Parlamentares no plenário da Câmara dos deputados participam da sessão sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff

Com isto, o clima no Palácio do Planalto passou a ser de pessimismo e, cada vez mais, governistas estão prevendo a derrota na votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A lista de apoios tem reduzido sensivelmente desde a manhã deste domingo. O governo, que chegou a contabilizar sábado cerca de 180 votos, hoje, amanheceu com 140 e nas últimas horas não conseguia superar a marca de 130 deputados. Ainda tentando reverter votos, o sentimento é de que não há mais como convencer e o que oferecer aos parlamentares.

 

— É uma votação grotesca — disse um auxiliar presidencial.

Ainda sem jogar a toalha, mas prevendo o pior cenário, o governo já projeta o andamento do processo no Senado.

— No Senado, o processo se dará dentro de bases jurídicas, não como essa votação arbitrária da Câmara — avaliou um interlocutor do governo.]

 

Fonte: O GLOBO
Créditos: O GLOBO