Em nota divulgada nesta sexta-feira (28), o PL negou que tenha cogitado propor o adiamento do segundo turno das eleições 2022, programadas para o próximo domingo (30). A informação surgiu na última quarta (26) por conta de supostas irregularidades nas inserções de propagandas do presidente Jair Bolsonaro em rádios do Norte e Nordeste.
“Em nenhum momento foi sequer cogitada a proposta de adiamento do 2º Turno das Eleições de 2022. Boicotar o processo eleitoral neste momento, estimulando a ausência nas urnas, é um ato antidemocrático”, diz o comunicado publicado pelo Partido Liberal, liderado por Valdemar Costa Neto.
Na avaliação da sigla, o adiamento do pleito que ocorrerá neste fim de semana só beneficiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista lidera as pesquisas de intenções de voto dos institutos Ipec, Datafolha, Atlas, Poder Data, entre outros.
Entenda os detalhes do episódio
No começo desta semana, a campanha de Bolsonaro acusou emissoras de rádios de não veicularem inserções do presidente da República. A informação foi dada pelo ministro das Comunicações Fábio Faria em entrevista para os jornalistas.
Os advogados do governante dizem que o caso é “gravíssimo, capaz de efetivamente assentar a ilegitimidade do pleito”. Bolsonaro quer que o TSE suspenda imediatamente a propaganda de rádio do PT.
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ordenou que a campanha bolsonarista apresentasse provas da acusação. A equipe de Bolsonaro enviou o documento na noite de terça (25).
No fim da tarde de quarta (26), Moraes indeferiu o pedido do presidente da República para investigar suposto favorecimento a Lula.
Moraes afirmou que o PL levantou a suspeita de fraude às esperas das eleições sem provas concretas. O ministro ressalta que o pedido abandona a petição inicial ao apresentar uma amostragem de apenas oito rádios que teriam deixado de veicular as inserções.
No seu despacho, o magistrado ainda solicitou uma investigação contra a campanha e o PL sobre possível cometimento de crime eleitoral com “finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana”.
O presidente do TSE também pediu para que a Corregeria-Geral Eleitoral investigue a possibilidade de desvio de finalidade no uso de recursos do Fundo Partidário.
Ao saber da decisão do ministro, Bolsonaro fez uma coletiva de imprensa na noite de ontem. Ele criticou Moraes e prometeu que irá recorrer, seguindo as regras “das quatro linhas da Constituição”.
Fonte: IG
Créditos: IG