A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 4,449 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado veio acima do esperado pelo mercado, que projetava ganho de R$ 2 bi. O número reverte prejuízo de R$ 1,2 bilhão do primeiro trimestre do ano passado.
A receita da companhia caiu 3% no período, para R$$ 68,3 bilhões. A empresa investiu 32% a menos no trimestre, para R$ 9,3 bilhões.
De acordo com a estatal, no primeiro trimestre ocorreram “menores gastos com importações de petróleo e gás natural”, devido à maior participação do óleo nacional na carga processada e maior oferta de gás nacional.
A estatal destacou ainda que houve aumento de 72% nas exportações, que atingiram 782 mil barris por dia, com preços médios de petróleo mais elevados. Houve ainda redução de 27% nas despesas com vendas, gerais e administrativas, além da redução de 11% nas despesas financeiras líquidas e as menores despesas com baixa de poços secos e/ou subcomerciais e com ociosidade de equipamentos.
Segundo Pedro Parente, presidente da Petrobras, o lucro líquido foi muito importante para a companhia.
— Houve um aumento de 19% na geração de caixa, o ebitda ajustado, atingindo R$ 25,25 bilhões. É um recorde histórico. É o maior da história da empresa. Tivemos um fluxo de caxa livre de R$ 13,3 bilhões. É um resultado positivo pelo oitavo trimestre consecutivo — destacou Parente.
O presidente da empresa lembrou que houve redução de 4% da dívida líquida, para R$ 300 bilhões. Segundo ele, a produção média de petróleo no Brasil chegou a 2.182 milhões de barris por dia, uma alta de 10% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Segundo Ivan Monteiro, diretor de Finanças da companhia, a empresa teve um bom resultado. Ele citou o aumento da produção e a redução dos custos:
— O resultado está relacionado aos resultado operacional, com a redução das despesas da companhia e despesa menor do impairment. Com isso, a companhia se beneficia bastante. A despesa financeira líquida também houve redução, por conta da variação do euro em relação ao dólar — disse ele.
Monteiro destacou a geração de caixa da empresa, que foi o melhor da história para um trimestre. Ele listou como fatores principais o corte de custos e a política de preços da empresa, com preços mais realistas.
— Sistematicamente, a empresa vem reduzindo sua dúvida. Pela primeira vez, a companhia tem a disposição de funding, como os bancos chineses. Recentemente, fechamos ainda com um banco de fomento da Itália. Estivemos em Tóquio e em Pequim, e as empresas estão muito interessadas nos leilões de petróleo. E caso as empresas de lá participem dos leilões, essas agências de fomento terão papel fundamental — concluiu.
Fonte: O Globo