Em sua coluna publicada no jornal O Globo, o jornalista Merval Pereira afirmou que a gota d’água a demissão de Roberto Castello Branco da Petrobrás por Jair Bolsonaro teria sido o fato do ex-dirigente ter “recusado um pedido do governo para colocar R$ 100 milhões em publicidade nas redes de televisão Record, do bispo Macedo, e SBT, de Silvio Santos”. Mas o motivo essencia, como se sabe, foi o preço dos combustíveis.
“Em outra ocasião, foi instado a participar de um grupo de empresas que compraria vacinas para serem utilizadas por empresas privadas, e achou que não deveria participar”, disse o colunista. “O esquema acabou não dando certo porque várias empresas, como a Petrobras, consideraram que seria inadequado financiar vacinação privada enquanto a vacinação do SUS está encontrando dificuldades devido à falta de doses suficientes”, complementou.
Segundo o colunista, “os conselheiros que não estão aceitando a demissão de Roberto Castello Branco se preocupam com mudanças que afetem contratos e acordos já firmados, no Brasil e no exterior, prevendo sanções por quebra de compromissos”.
“Até mesmo o estatuto da estatal será afetado, pois o presidente da Petrobras no governo Temer, Pedro Parente, incluiu nele o compromisso com os acionistas. Na reunião hoje, conselheiros advertiram o ministro Bento Albuquerque que qualquer decisão que não tenha base técnica poderá ser barrada no Conselho”.
Fonte: Brasil 247
Créditos: Brasil 247