O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lamentou nesta quinta-feira (6) a aproximação do Brasil da marca de 100 mil mortes pela Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), mas disse que o Brasil precisa “tocar a vida”.
“A gente lamenta todas as mortes, vamos chegar a 100 mil, mas vamos tocar a vida e se safar desse problema”, afirmou o presidente em sua tradicional live semanal no Facebook ao lado do ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello.
Antes do comentário de Bolsonato, o chefe da pasta disse que a população terá que se acostumar a mudar certos hábitos. Isso porque, segundo ele, o novo coronavírus continuará perigoso até a “vacina chegar e medicamentos tiverem comprovação científica”.
Nesta quinta, o governo federal assinou uma MP que liberou R$ 1,9 bilhão para a produção da vacina de Oxford. O valor será suficiente para produzir mais de 100 milhões de doses do imunizante.
Pazuello ainda fez um comparativo da Covid-19 com a Aids, que causada pelo vírus do HIV, na década de 1980.
“Essa historia do HIV é interessante fazer comparativo. Nós vivemos essa pandemia e os hábitos mudaram. As pessoas usam preservativo, diminuem convivência social em alguns casos, trocam gilete no barbeiro. Isso tudo não existia. O HIV continua existindo, o maior se trata e vida que segue. Vai ser assim com o coronavírus”, avaliou o ministro.
Durante a live, Bolsonaro voltou a fazer propaganda sobre o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19. O medicamento não tem sua eficácia comprovada e especialistas e autoridades sanitárias não fazem a sua recomendação.
“Quem não quer tomar cloroquina, não tente proibir, impedir quem queira tomar, afinal de contas, ainda não temos uma vacina e não temos um remédio comprovado cientificamente”, disse o presidente.
Fonte: IG
Créditos: IG