Em documento em que ratifica o pedido de absolvição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo em que ele é acusado pela Lava Jato de ter recebido da Odebrecht um terreno para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula, a defesa do ex-presidente alega que os arquivos da Odebrecht foram violados.
No documento, entregue ontem (26) à 13ª Vara Federal de Curitiba, como parte das alegações finais da defesa do ex-presidente, seus advogados afirmam que a cadeia de custódia dos arquivos da Odebrecht foi violada, ou seja, a prova pode ter sofrido alterações no caminho entre os servidores localizados na Suíça (onde estavam armazenados) e a sua inclusão no processo.
Em setembro do ano passado, o UOL revelou que a Lava Jato teve acesso clandestino ao sistema de propina da Odebrecht.
Os arquivos dos sistemas Drousys e Mywebdayb, usados pela Odebrecht para planilhar os dados de propinas e doações eleitorais irregulares pagas pela empresa a diversos políticos, estão entre as principais peças de acusação do MPF (Ministério Público Federal) contra Lula.
Peritos afirmam que arquivos vieram da Odebrecht
Os arquivos teriam sido apreendidos nos servidores suíços usados pela construtora, contudo, a defesa de Lula foi autorizada pelo ministro Edson Facchin, do STF (Supremo Tribunal Federal), a produzir um laudo complementar ao parecer técnico da PF que analisou as provas.
A defesa de Lula contratou o perito Cláudio Wagner, que entrevistou os peritos da Polícia Federal envolvidos no caso.
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Fonte: UOL
Créditos: UOL