O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) disse na tarde desta quinta-feira, 15, que não vê política como profissão, apesar de pertencer a uma família tradicionalmente política.
Em entrevista a Rádio Sanhauá, o parlamentar informou que o momento atual é de “fortalecimento grande da oposição” e afirmou que foi ao encontro promovido pelo candidato a presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB), mas seguirá a decisão de partido, que tem um candidato próprio para comandar a casa federal.
Pedro disse que o PSDB, enquanto partido de oposição na Paraíba e nacionalmente, terá o seu pai como líder. “O senador Cássio pela sua trajetória e capacidade de liderança cuidará desse papel de oposição e faremos uma reunião na próxima semana quando ele retorna e vamos conversar na segunda-feira, dia 19, precisamos abrir espaço para ouvir mais e dialogar mais, além de estarmos mais presentes na vida da população da Paraíba”, explicou.
O parlamentar descartou a possibilidade de se candidatar para prefeito de Campina Grande em 2016 e disse que “fui eleito pela primeira vez e eu tenho que mostrar meu trabalho, tenho que trabalhar, não tenho que ser prefeito, nem me candidatar em 2016, sou contra as eleições a cada dois anos porque não muda a vida de ninguém a não ser dos próprios políticos”.
Indagado sobre a saída de Romero Rodrigues do PSDB, ele disse que não quer falar pelo colega de partido, mas afirmou que “é preciso que haja critérios pelos gestores que estão desalinhados da gestão daquele momento, eu não conversei com Romero sobre isso e nem sei dessa confirmação de que ele sairá mesmo do PSDB”.
Questionado sobre a gestão de Ricardo Coutinho (PSB), ele disse que houve erros e acertos e pontuou que teve grande decepção com a falta de cuidados com segurança pública e citou dados acerca do alto índice de crimes no estado. “Fiquei muito triste ao ver que João Pessoa e Campina Grande estão entre as dez cidades mais perigosas do Brasil e isso é muito ruim, o governo poderia ter feito mais sobre isso”, disse.
O parlamentar apontou ainda dados do Ministério Público acerca de abuso de poder econômico do governador durante a campanha eleitoral, “o Empreender teve um grande aumento no ano da eleição, deu um salto para mais de R$ 30 milhões, quando em 2013 foi R$ 16 milhões, isso deve ser apurado e vamos deixar nas mãos da justiça, não sou eu quem deve fazer o julgamento, mas esses números são de apenas um programa, sem falar na entrega de ambulâncias e outros casos”, pontuou.
Sobre sua expectativa para a gestão, ele disse que “o que eu captei de mais urgente e levarei para a Câmara é a capacidade e vontade de dar um ‘reset’ na atividade porque as pessoas não acreditam mais na classe política, a reforma é a chance que temos de fazer melhor e com mais transparência pela população”. Ele disse que focará sua atividade parlamentar em projetos e assuntos voltados a melhorias na saúde das pessoas do estado.
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