exigência de bolsonaro

Partido cumpre exigência de Bolsonaro e destitui advogado em ação

Partido Ecológico Nacional (PEN) destituiu o advogado que representava a legenda na ação sobre prisão na segunda instância

POSE16   BSB DF  NACIONAL    01/02/2015 POSSE NOVA LEGISLATURA Os deputados Jair Bolsonaro (PP RJ) e o  seu filho Eduardo Bolsonaro (PSC SP) durante cerimonia de posse.    O deputado, Miro Teixeira (PDT RJ), preside  os trabalhos da sessao preparatoria de posse dos 513 deputados eleitos para o mandato de 4 anos na 55 legislatura (2015-2019), no plenario Ulysses Guimaraes, em Brasília.
 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO
POSE16 BSB DF NACIONAL 01/02/2015 POSSE NOVA LEGISLATURA Os deputados Jair Bolsonaro (PP RJ) e o seu filho Eduardo Bolsonaro (PSC SP) durante cerimonia de posse. O deputado, Miro Teixeira (PDT RJ), preside os trabalhos da sessao preparatoria de posse dos 513 deputados eleitos para o mandato de 4 anos na 55 legislatura (2015-2019), no plenario Ulysses Guimaraes, em Brasília. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Por exigência do presidenciável Jair Bolsonaro, o Partido Ecológico Nacional (PEN) destituiu o advogado que representava a legenda na ação sobre prisão na segunda instância: Antonio Carlos de Almeida Castro. Kakay, como é conhecido, foi informado da novidade por meio de uma notificação cartorial.

“É algo inusitado”, disse ele. “Parece que vão nomear outro advogado, para falar contra a pretensão da ação no Supremo Tribunal Federal. Acha difícil que algum colega aceite fazer esse papel. Seria um escândalo.”

Idealizador da ação que questiona a decisão do Supremo que abriu as portas da cadeia para condenados na segunda instância, Kakay encontrou uma maneira de continuar atuando no processo. Será representante do Instituto de Garantias Penais (IGP). Sediada em Brasília, a entidade pedirá ao relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, para ser admitida como amicus curiae, expressão latina que significa “amigo da corte”.

O ministro Marco Aurélio recolocou o processo em movimento. Pedirá à presidente do Supremo que marque uma data para o julgamento. Graças a uma mudança de posição do ministro Gilmar Mendes, a Suprema Corte pode restabelecer a jurisprudência segundo a qual a prisão só pode ocorrer depois do trânsito em julgado do processo, quando não há mais possibilidade de recorrer.

O Supremo também pode optar pela alternativa de adiar a execução das penas até o julgamento dos recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a terceira instância do Judiciário.

Fonte: Brasil 247