Justiça

Paraibano Tércio Arnaud é um dos 61 indiciados no relatório dos atos golpistas - VEJA A ACUSAÇÃO

A senadora Elizane Gama (PSD-MA) deu um parecer, nesta terça-feira (17), pelo indiciamento do paraibano Tércio Arnaud, ex-assessor especial de Bolsonaro apontado como integrante do chamado “gabinete do ódio”, no âmbito da Comissão Parlamentar Mista da Inquérito do 08 de Janeiro.

Arte: Marcelo Jr

A senadora Elizane Gama (PSD-MA) deu um parecer, nesta terça-feira (17), pelo indiciamento do paraibano Tércio Arnaud, ex-assessor especial de Bolsonaro apontado como integrante do chamado “gabinete do ódio”, no âmbito da Comissão Parlamentar Mista da Inquérito do 08 de Janeiro.

No relatório, a Senadora destrincha todo o histórico e atuação de Tércio como um dos articuladores dos atos golpistas, “Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor especial da presidência. Ele aparece como dono de diversas contas (entre perfis pessoais e páginas) em redes sociais no Brasil, que foram suspensas pelo Facebook e pelo Instagram por infringirem as regras de conduta dessas redes sociais. Nas contas que ainda mantém, faz postagens com conteúdo negacionista, com o intuito de defender o governo federal”.

“Foi Carlos Bolsonaro quem o descobriu entre 2013 e 2014. Ele conquistou proximidade junto ao clã Bolsonaro quando criou a página Bolsonaro Opressor no Facebook. Ele a usava para atacar, por meio de memes, os adversários do então deputado federal, além de fazer elogios a Bolsonaro”.

O relatório mostra que a Vereadora Marielle Franco era um dos alvos de Arnaud e qual era sua atuação dentro do planalto, “Também usou a página para atacar a vereadora Marielle Franco, assassinada por pessoas ligadas às milícias do Rio de Janeiro. Com a vitória de Bolsonaro na eleição de 2018, ele também foi um dos primeiros a ser nomeados como Assessor Especial da Assessoria Especial do Presidente da República, o que se deu em 04 de janeiro de 2019, e permaneceu no cargo até 30 de dezembro de 2022 com um salário de R$ 13,6 mil”.

“Durante esse período, auferiu mais de 700 mil reais no cargo. O então assessor presidencial não tinha experiência prévia em política. É formado em Biomedicina e trabalhou como recepcionista em um hotel. Depois que foi descoberto pela família, foi chamado para ser assessor dos gabinetes a partir de 2017”.

A Senadora fecha a acusação demonstrando que Arnaud e outros membros eram parte de um núcleo formador de fake news que incitava publicamente a prática de crimes e a animosidade das Forças Armadas contra os poderes constitucionais e as instituições civis de Estado, “O Relatório final apresentado na CPI da Pandemia obteve informações a respeito de uma estrutura organizada de produção e difusão de fake news, sendo que Filipe Martins, juntamente com Tércio Arnaud Tomaz, integravam o “núcleo formulador”. Esse núcleo direcionava demais indivíduos para difundir informações falsas e frequentemente criminosas. Dentre os indivíduos difusores de conteúdos falsos, ressaltamos a importância de Fernando Nascimento Pessoa e José Matheus Sales Gomes”.

“Assim, Tércio Arnaud Tomaz, Fernando Nascimento Pessoa e José Matheus Sales Gomes devem ser responsabilizados pelo crime do art. 286, caput e parágrafo único, do Código Penal (incitação ao crime), por terem, reiteradas vezes e mesmo antes do início do governo de Jair Bolsonaro, incitado publicamente a prática de crimes e a animosidade das Forças Armadas contra os poderes constitucionais e as instituições civis de Estado”.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba