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PANDEMIA, RETORNO DAS AULAS E VACINAÇÃO: os desafios no horizonte dos novos prefeitos paraibanos

Os prefeitos paraibanos dos 223 municípios, que iniciaram novos mandatos nesta sexta-feira (1),  terão como primeiro e maior desafio nesse primeiro semestre, a responsabilidade de organizar a vacinação contra o novo coronavírus em suas cidades.

Os prefeitos paraibanos dos 223 municípios que iniciaram novos mandatos nesta sexta-feira (1),  terão como primeiro e maior desafio no início de seus respectivos mandatos, a responsabilidade de planejar a vacinação contra o novo coronavírus em suas cidades. É disso que, segundo as autoridades em saúde, depende o retorno seguro de todas as atividades econômicas e também a volta das aulas.

Conforme o plano do Ministério da Saúde, do Governo Federal, as prefeituras terão um papel fundamental, já que serão encarregadas de tarefas como a aplicação das doses, o atendimento ao público e parte da logística do transporte e armazenamento.

Apesar desse papel de ‘protagonista’, as cidades dependem das definições do Governo Federal em relação às vacinas e da eficiência de quem acaba de assumir a cadeira de prefeito. Na Paraíba, os novos gestores iniciaram os mandatos com foco no planejamento da vacinação e prometeram diálogo, dois ingredientes fundamentais no enfrentamento da crise.

Em seu discurso de posse, o prefeito eleito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), informou que já tem um plano de vacinação pronto para ser implementado. Ele também informou que as aulas serão retomadas “de forma segura” e que que vai manter o foco na prevenção do vírus enquanto a vacina não chega.

“Quero tranquilizar a população e informar que já temos um plano de imunização delineado e pronto para ser colocado em prática no instante em que a vacina chegar, seja ela qual for, desde que autorizada pela Anvisa. O vírus não tem passaporte, bandeira ou ideologia e precisa ser enfrentado com a união de todos, mas enquanto a vacina não chega, vamos cuidar da prevenção e assistência aos infectados”, destacou.

Da mesma forma, o prefeito eleito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), já tem preparado um caminho para a imunização dos campinenses. Recentemente, em viagem à Brasília, ele entregou uma cópia desse planejamento ao Ministério da Saúde. Por lá, o novo gestor também prega o diálogo com o setor produtivo, com a sociedade e pede união em nome da cidade.

“Prego a conciliação em prol de Campina Grande. Nunca houve um desafio tão grande como o do atual momento de instabilidade, mas garanto que a cidade vai sair mais forte. Espero, por isso, que deixemos de lado as diferenças políticas e ideológicas”, disse no discurso de posse.

No pequeno município de Nova Floresta, no Curimataú do estado, o prefeito Jarson do Pastor (Cidadania) e sua equipe já divulgaram um ‘possível plano’ da vacinação, em que a população será dividida em grupos como profissionais da saúde, idosos, pessoas com comorbidades, profissionais da segurança pública e professores e adultos de 55 a 59 anos.

“Além de estarmos preparados com profissionais devidamente qualificados para administração da vacina, possuirmos câmaras frias que comportam mais de 20.000 doses em temperatura acima de 2ºc, estou escrevendo um plano “A” e um plano “B” de imunização para caso o Ministério não estabeleça um cronograma de vacinação em tempo hábil de salvarmos vidas na cidade”, informou o Secretário de Saúde”, disse o secretário de saúde Lívio Ian.

Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, a desigualdade na distribuição das vacinas é um tema que preocupa os novos secretários e prefeitos. “Não dá para cada Estado, cada município da federação, adquirir e imunizar de forma isolada”, avaliou. Por isso, uma reunião entre a confederação e o Ministério da Saúde deve ocorrer na segunda semana de janeiro, quando os prefeitos farão suas reivindicações.

É dessa forma que o ano de 2021 começa: mostrando que o principal desafio posto no horizonte dos gestores eleitos e reeleitos na Paraíba e no Brasil, é a pandemia. Uma crise sem precedentes, que envolve múltiplas frentes de trabalho e que requer mais do que tudo, planejamento, execução e diálogo com a população. É o primeiro teste de fogo dos gestores municipais no mandato que se inicia agora.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Felipe Nunes