A jornalista Pâmela Bório, ex-primeira-dama da Paraíba, que é separada do governador Ricardo Coutinho (PSB) com quem tem um filho e que trava rumorosos embates na Justiça com o “ex-maridão”, foi uma das atrações do evento de lançamento da campanha Mulheres na Política, em João Pessoa, promovido pelo PSDB, empenhado em atrair quadros femininos para fortalecer a legenda. A deputada federal pelo Rio Grande do Sul Yêda Crusius prestigiou o evento, que foi coordenado pela ex-deputada paraibana Iraê Lucena, presidente estadual do PSDB Mulher, e pelo presidente regional do partido, Ruy Carneiro. Na sua fala, Pâmela teceu elogios ao deputado federal Pedro Cunha Lima, filho do senador Cássio, a quem chamou de “político íntegro”.
O ex-deputado Ruy Carneiro enfatizou a significação da participação feminina na política, advertindo que o Brasil tem um grande déficit nesse sentido e está num dos últimos lugares no “ranking” mundial, em meio a países como o Haiti, sem maior tradição de mobilização política democrática. O enfoque dominante no evento tucano na Paraíba pode ser resumido pelo slogan fartamente disseminado: “A política pode mudar a mulher; as Mulheres podem mudar a Política”. Pâmela Bório, quando era mulher do governador Ricardo Coutinho, ganhou espaços na mídia nacional, em revistas de circulação como “Veja”, “Istoé” e “Congresso em Foco”, pelo seu estilo ousado e pela sua beleza. Ela expunha a intimidade do casal nas redes sociais e colecionava uma legião de seguidores e críticos. Natural da Bahia, onde disputou concurso de Miss e também modelo, atritou-se com variados líderes políticos da Paraíba em defesa de Ricardo, com quem se casou na Granja Santana, residência oficial do governador do Estado.
Pâmela Monique Cardoso Bório adquiriu visibilidade, também, em searas polêmicas. Um relatório do Tribunal de Contas da Paraíba, divulgado em 2012, constatou irregularidades em compras feitas no ano anterior para a Granja Santana. Chamou a atenção o elevado gasto com enxovais para o bebê. A Folha de São Paulo, não obstante, chamou-a de primeira-dama que incomoda e a Istoé definiu Pâmela como uma mulher esfuziante. A ex-primeira-dama chegou a exibir roupas íntimas em “posts” na web e um pingente contendo juras de amor registradas em um grão com o nome de Ricardo Coutinho. Consumada a separação do casal, o noticiário saiu das colunas sociais ou páginas de variedades para as páginas policiais, com denúncias de Pâmela sobre supostas agressões físicas sofridas por parte de familiares do atual governador e registro de boletins de ocorrência em delegacias especializadas da Paraíba.
O governador Ricardo Coutinho, sucessivas vezes, agiu para desmontar as insinuações de Pâmela, mas a pendenga ainda está rendendo na Justiça. As diferenças ostensivas entre ambos ficaram pontuadas em posições políticas – na eleição presidencial, em 2010, Ricardo anunciou apoio a Dilma Rousseff, do PT, enquanto Pâmela revelava preferência pelo senador mineiro Aécio Neves, do PSDB.
Fonte: Os Guedes
Créditos: Nonato Guedes