Ao todo, são 54 políticos envolvidos em 28 pedidos de abertura de inquérito que estão sendo analisados pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF)
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki deverá decidir nesta sexta-feira (6) se divulga a lista com 54 nomes pessoas envolvidas na Operação Lava Jato ou se mantém o sigilo sobre elas.
Já se sabe alguns nomes que estão na lista, como dos presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) e da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
A Procuradoria-Geral da República enviou ao Supremo, na terça-feira (3), 28 pedidos de investigação. Também foram enviados sete pedidos de arquivamento sobre políticos citados, incluindo a ex-presidente Dilma Rousseff e o senador e ex-candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB-MG).
Entre os 54 investigados estão políticos e pessoas sem o chamado foro privilegiado. Todos responderão a inquéritos. Nenhuma denúncia direta foi feita pelo procurador-geral, Rodrigo Janot.
Nos pedidos de inquérito, Janot solicitou ao ministro relator dos processos, Teori Zavascki, que tire o sigilo das peças. A expectativa é que o magistrado acate o pleito.
Se isso ocorrer, será possível confirmar os nomes de todos os investigados e os crimes pelos quais são suspeitos pelo site do STF.
Janot manter em sigilo somente procedimentos de investigação que podem ser frustrados caso sejam revelados, como um monitoramento telefônico, por exemplo.
Maior escândalo de corrupção desde o mensalão, o petrolão tem agitado o meio político desde 2014 com as delações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Em troca de redução de penas, eles revelaram as engrenagens de um suposto cartel de empreiteiras para desviar recursos da Petrobras.