Um levantamento no sistema Sagres, do Tribunal de Contas, aponta que pelo menos 11 prefeituras tiveram negócios com a empresa Soconstroi, investigada na segunda fase da Operação Desumanidade.
O levantamento abarca o período de 2002 a 2015 e envolve as prefeituras de Cabedelo, Quixaba, Patos, Catingueira, Santa Luzia, Areial, Malta, Mataraca, Princesa Isabel, Mamanguape, Água Branca e Esperança. Há também um contrato com o governo do Estado para a obra de ampliação de uma delegacia no município de Cabedelo, em 2014.
Nesta terça-feira (28), 70 policiais federais deflagraram a segunda fase da Operação Desumanidade. Durante a ação foram presos preventivamente Cláudio Roberto Medeiros Silva, José Aloysio da Costa Machado Júnior e José Aloysio da Costa Machado Neto, todos ligados à empresa Soconstroi.
A primeira fase da operação foi deflagrada em dezembro de 2015. Investigações realizadas à época apontaram que licitações nas áreas de Saúde e Educação, em diversas prefeituras do sertão paraibano, eram direcionadas à empresa de fachada Soconstroi Construções Ltda.
Os auditores constataram, entre as irregularidades, o não recolhimento dos encargos sociais; superfaturamento; pagamento por material não adquirido e por serviços não executados. O dano ao erário foi superior a R$ 800 mil.
A estimativa é que a quadrilha tenha causado um prejuízo aos cofres públicos da ordem de R$ 2,8 milhões.
A empresa Soconstroi tem sede em João Pessoa.
Créditos: Polêmica Paraíba