O jornalista Eduardo Guimarães destaca no Blog da Cidadania que já circula no Comitê de Direitos Humanos da ONU em Genebra, na Suíça, a informação de que “Sergio Moro selou o destino do Brasil ao aceitar ser ministro de Bolsonaro. Foi a gota d’água, diz membro do Comitê incumbido de analisar denúncias que ali chegam. Para a ONU, está provada a denúncia de Lula”.
O blogueiro relembra que a primeira denúncia feita pela defesa do ex-presidente foi apresentada à ONU em 2016 e já acusava Moro de violar os direitos de Lula. “A defesa de Lula, então, contratou um escritório britânico especializado em direitos humanos. O advogado Geoffrey Robertson questionou a imparcialidade de Moro e desde então, a defesa do ex-presidente vem argumentando que Moro condenou Lula porque tinha um projeto político em mente”, destaca.
“Em agosto deste ano o Comitê de Direitos Humanos da ONU concedeu liminar a Lula para que a Justiça Eleitoral brasileira permitisse que ele fosse candidato e desse entrevistas à imprensa. “Em setembro, porém, o Tribunal Superior Eleitoral ignorou o Tratado assinado pelo Brasil e negou a Lula o Direito que a Constituição faculta a todos os brasileiros de serem considerados inocentes até que não exista mais possibilidade de recursos judiciais”, ressalta Guimarães.
Para ele, “a adesão de Moro ao governo Bolsonaro logo após ter tomado medidas como juiz, durante a campanha eleitoral, para prejudicar o candidato de Lula, Fernando Haddad, usando o nome do ex-presidente ao liberar a delação de Antonio Palocci, comprova que a denúncia feita por Lula em 2016 era verdadeira”.
“O Brasil será punido pela ONU até o fim do primeiro semestre de 2019. A punição consistirá em condenação do Estado Brasileiro (Judiciário) por perseguir politicamente um ex-presidente da República e o então líder da oposição de forma a influir no processo eleitoral de 2018”, diz.