Após causar polêmica ao ressaltar em discurso no Dia Internacional da Mulher as tarefas domésticas das mulheres, o presidente Michel Temer (PMDB) publicou em seu Twitter nesta quinta-feira, 9, que deseja que elas tenham direitos iguais em casa, no trabalho e que “ocupem cada vez mais espaço na sociedade”.
“Que as mulheres tenham direitos iguais em casa e no trabalho. Não vamos tolerar preconceito e violência contra a mulher”, escreveu o presidente na rede social. “Estamos na Semana da Mulher. Meu governo fará de tudo para que mulheres ocupem cada vez mais espaço na sociedade.”
Estamos na Semana da Mulher. Meu governo fará de tudo para que mulheres ocupem cada vez mais espaço na sociedade.
— Michel Temer (@MichelTemer) 9 de março de 2017
Que as mulheres tenham direitos iguais em casa e no trabalho. Não vamos tolerar preconceito e violência contra a mulher.
— Michel Temer (@MichelTemer) 9 de março de 2017
O presidente não comentou as críticas recebidas depois das declarações desta quarta-feira, 8. Ao falar da participação da mulher na economia, Temer havia afirmado que ninguém era mais capaz do que elas para “indicar desajustes nos preços do supermercado” e que ninguém era melhor para “detectar flutuações econômicas, pelo orçamento doméstico maior ou menor”.
Depois, ao comentar as perspectivas do governo para a melhora do mercado de trabalho, Temer disse que, quando a economia voltar a crescer, a mulher, “além de cuidar dos afazeres domésticos”, terá mais oportunidades de emprego.
O presidente ressaltou também que a formação dos filhos em casa não fica a cargo dos homens, mas das mulheres. “Tenho absoluta convicção, até por formação familiar, por estar ao lado da Marcela (Temer), do quanto a mulher faz pela casa, o quanto faz pelo lar, o quanto faz pelos filhos.”
As declarações do presidente foram dadas durante evento organizado pelo Planalto para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Ao lado de Temer estavam a primeira-dama, Marcela Temer; as duas únicas ministras do seu governo (há 28 ministérios), Luislinda Valois, de Direitos Humanos; e Grace Mendonça, da Advocacia-Geral da União; a secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Fátima Pelaes; e o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
A plateia era formada predominantemente por mulheres, muitas delas deputadas.
Fonte: Estadão