Presidente estadual do Podemos na Paraíba, o vereador Galego do Leite (foto) se posicionou contrário à outorga do título de Cidadão Campinense ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). A honraria foi proposta pelo vereador Saulo Noronha (Solidariedade) e segue em tramitação na Câmara Municipal de Campina Grande.
“Qual o benefício que sua excelência Jair Bolsonaro fez por Campina Grande para merecer a maior honraria desta casa?”, questionou Galego do Leite. “O presidente, o prefeito, o governador que está ocupando um cargo outorgado pelo povo não precisa ficar recebendo honrarias pois já recebe muito bem. Não tem justificativa, por isso meu voto será contrário”, antecipou.
Quem também se posicionou contrário à homenagem a Bolsonaro foi o vereador Anderson Maia (PSB), líder da bancada de oposição. O socialista declarou que esse tipo de título deve ser dado a pessoas que têm relações com a cidade e que contribuem de maneira direta e efetiva para beneficiar o município.
“Não voto favorável, pois não vejo nenhum tipo de participação ou contribuição de Jair Bolsonaro a Campina Grande”, disse Anderson Maia, acrescentando que se o título fosse concedido ao ex-presidenciável Fernando Haddad (PT) também votaria contrário.
O vereador Anderson relembrou ainda que votou contra a concessão do título de Cidadão Campinense ao governador eleito de São Paulo, João Dória (PSDB), quando o tucano ensaiava uma candidatura à Presidência da República.
O outro lado
Já o autor da proposta afirmou que o presidente eleito foi um dos políticos que trouxeram “solidariedade” a Campina Grande logo após o incêndio no Parque do Povo. Ele ainda ressaltou Bolsonaro sempre engrandece a Paraíba em seus discursos em âmbito nacional.
Para o vereador Saulo Noronha, a outorga do Título de Cidadão Campinense gerar um vínculo do presidente eleito com a cidade. “Podemos criar um vínculo com o novo presidente do Brasil e eu considero isso de extrema importância, tendo em vista que temos tido dificuldades em fazer parcerias com o governo atual”, disse o parlamentar em entrevista à Rádio Caturité FM.
Fonte: Paraíba Já
Créditos: Thaysa Videres