O NOVO POTE DE OURO: Grupos se dividem sobre criação do partido de Bolsonaro na Paraíba

Apesar da palavra final ser do presidente da República, Jair Bolsonaro, a disputa pela liderança do Aliança pelo Brasil, na Paraíba, parece ter ampla concorrência. De um lado temos os deputados estaduais Cabo Gilberto e Moacir Rodrigues andando pelas cidades do estado para reunir assinaturas para a criação do partido. Do outro, temos o articulista político Rui Galdino e a jornalista e a ex-primeira-dama do estado, Pâmela Bório, que não têm mandatos políticos, mas são apoiadores ferrenhos do capitão.

Os grupos estão formados, mas não unidos, o que se configura na possibilidade de existir um racha dos apoiadores antes mesmo da criação do partido. O Cabo e Galdino negam qualquer divergência e pretensão pelo comando do partido na Paraíba, mas… até as artes do Seminário dos Conservadores têm estilos diferentes (veja abaixo).

Em contato com a reportagem do Polêmica Paraíba, Rui Galdino afirmou que está disponível para Bolsonaro, tem combatido a velha política e é um conciliador por natureza. Ele disse também que Eduardo vem à João Pessoa apenas para encerrar o Seminário dos Conservadores, conversar com apoiadores, correligionários e rever amigos.

“A futura direção do Aliança creio eu que só será definida no mês de maio. Sou um soldado do partido, meu nome está à disposição do presidente Bolsonaro e também do Aliança. Não tenho ambições particulares, tenho combatido a velha política, não sou candidato a nada este ano, sou um conciliador por natureza, penso na coletividade e quero ver um novo Brasil mais justo, com ordem e desenvolvimento. O foco no momento é a formação do Aliança. Estamos trabalhando nesse sentido. Não creio que esteja havendo racha de qualidade nenhuma. O problema é que tem pessoas oportunistas e vaidosas que se acham os donos do partido. O tempo será o senhor da razão”.

Galdino ressaltou ainda que, “a Paraíba sabe da minha história e luta em favor de Jair Bolsonaro. Me chamavam até de Rui Galdino Bolsonaro, kkkkk. Sou um soldado do partido e à disposição para qualquer tarefa. Cabe ao presidente ou a quem de direito decidir o que for preciso. Quero somar, trazer mais gente para o Aliança e não apenas grupinhos. Os egoístas e individualistas que corram de perto de mim”.

Já o deputado estadual Cabo Gilberto assegurou que desconhece rupturas dos grupos de apoiadores da criação do novo partido e que está à disposição de Bolsonaro.

“Não estou sabendo de nenhum racha, também não posso falar sobre o partido porque sou um soldado na Paraíba pela criação. A palavra final de comando da legenda na Paraíba será do presidente. Não tenho decisão sobre isso, mas estou à disposição para qualquer missão. E, sobre a vinda de Eduardo Bolsonaro é para participar do Seminário dos Conservadores. Pelo que sei não tem nada a ver com o partido”.

Bolsonaro falou sobre cargos e lideranças no Aliança pelo Brasil.