Deputados aliados e de oposição trocaram ofensas e atiraram objetos uns aos outros.
Os deputados aliados do governo e da oposição trocaram empurrões e ofensas pouco antes do início da votação sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). Os parlamentares atiraram objetos uns aos outros, como bonecos de plástico, faixas de papelão e notas falsas de dinheiro. O clima esquentou quando integrantes da oposição fizeram pedidos de ordem para obstruir o início da votação.
A confusão aumentou quando o deputado Wladimir Costa (SD) começou a bater dois bonecos do ex-presidente Lula vestido de presidiário, o chamado “pixuleco”. Alguns integrantes da oposição tentaram furar os bonecos e responderam atirando notas falsas de dinheiro com a foto de Temer.
Enquanto alguns parlamentares tentavam falar ao microfone, outros xingavam e atiravam objetos. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), pediu calma aos deputados e afirmou que o comportamento envergonharia a Casa perante o Brasil. “Essa não é a maneira de se comportar no parlamento”, afirmou Maia.
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Para que a denúncia tenha prosseguimento, são necessários 342 votos (equivalente a dois terços dos 513 deputados). O Planalto espera ter entre 220 e 280 votos, número mais do que suficiente para barrar a denúncia (são necessários apenas 171 deputados contrários ao prosseguimento). Especialistas afirmam que o governo deve obter 250.
No Plenário, os deputados analisarão o relatório apresentado pelo deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que recomendou a rejeição da denúncia contra Temer. Por isso, quem votar SIM é contra o prosseguimento da denúncia.
Aqueles que votarem NÃO são favoráveis ao prosseguimento. Vale lembrar que, mesmo em uma eventual vitória do NÃO, o presidente Temer ainda não seria afastado. A denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda precisaria ser aceita pela maioria dos 11 ministros do STF.
Fonte: UOL
