Marcelo Queiroga, novo ministro da Saúde de Bolsonaro, concedeu entrevista à CNN na noite da segunda-feira (15), após o anúncio que assumiria a pasta. O cardiologista afirmou que lockdown só deve ser aplicado em “situações extremas” e “não pode ser política de governo”: “Esse termo de lockdown decorre de situações extremas. São situações extremas em que se aplica. Não pode ser política de governo fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados”, disse Queiroga, alinhado com o presidente Jair Bolsonaro.
Ainda segundo ele, é preciso “assegurar que atividade econômica continue, porque a gente precisa gerar emprego e renda. Quanto mais eficiente forem as políticas sanitárias, mais rápido vai haver uma retomada da economia”. Queiroga disse ainda que as vacinas adquiridas por Eduardo Pazuello devem garantir um programa de vacinação “amplo” e ressaltou que, na conversa que tiveram mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro pediu que questões operacionais sejam expostas de forma clara:
“O presidente quer que questões operacionais sejam colocadas de maneira clara, de tal sorte que o conceito de que o Brasil sabe vacinar se repita, e a gente consiga vacinar a população, que é a maneira mais eficiente de prevenir a doença”, declarou.
O cardiologista defendeu que é preciso ampliar o diálogo com estados, municípios e diversos atores da sociedade para vencer o novo coronavírus: “Ou seja, criar uma grande união nacional, com um propósito de vencer a pandemia”, disse o paraibano.
Tratamento precoce
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Perguntado sobre a defesa do tratamento precoce para Covid-19 por parte de Bolsonaro, Queiroga defendeu o chefe e disse que “é algo que precisa ser analisado para que a gente consiga chegar a um ponto comum que permita contextualizar essa questão no âmbito da evidência científica e da ciência”.
“Isso é uma questão médica. O que é tratamento precoce? No caso da Covid-19, a gente não tem um tratamento específico. Existem determinadas medicações que são usadas, cuja evidência científica não está comprovada, mas, mesmo assim, médicos têm autonomia para prescrever”, disse.
De acordo com o novo ministro, a conversa com o presidente “foi muito boa”. Segundo ele, Bolsonaro também o “recomendou cumprir a Constituição Federal do Brasil” no sentido de dar amplo acesso à saúde: “É Constituição Federal na veia”.
O médico contou que deve se reunir com Pazuello nos próximos dias para que possam fazer a transição de “maneira harmônica” e evitar interrupção de políticas públicas. Ele afirmou ainda que pretende trabalhar no sentido de ter uma equipe “técnica” no ministério.
Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba
