O vice-prefeito de João Pessoa e presidente estadual do PPS, Nonato Bandeira, falou hoje sobre o futuro político do partido na Paraíba e comentou o resultado das eleições para o governo.
Em entrevista a Rádio Arapuan na tarde desta quarta-feira, 03, Bandeira afirmou que todos os partidos tomam posição durante o processo eleitoral, “quem ganha, governa, e quem perde, faz oposição”, afirmou.
Ele continuou dizendo que é o processo natural em todo o Brasil e fazer diferente “é tentar desmerecer todo o trabalho feito anteriormente”. Nonato disse que o trabalho da oposição é fiscalizar o mandato dos eleitos e pedir melhorias onde houver necessidade.
“À população, caber aceitar esse caminho, o governo foi reeleito porque as pessoas votaram nele, quem está na política tem que se preparar, eu sempre fiz política, independente de partido, eu nem tinha partido e fazia militância desde estudante e depois como jornalista na Associação Paraibana de Imprensa”, explicou.
Indagado sobre o debate político de 2016, Nonato disse que tem uma opinião formada e já externou para os vereadores pessoenses de seu partido, “eu acho extremamente precipitado se falar no processo de 2016, quando a gente acabou das eleições de 2014 e ainda está se formando os governos, não foram sequer formados, a nova mesa da Assembleia nem foi votada para coordenar os trabalhos; então, com todo respeito para aqueles que já esquentam esse debate, entendo que é uma ansiedade, e quem antecipa debate eleitoral é a oposição, não é o governo, mas para a minha surpresa quem está falando sobre isso é o governo”, disse.
Ele disse que o Partido dos Trabalhadores é responsável pela antecipação do debate político das próximas eleições e citou o presidente do partido, membros do secretariado e deputados falando sobre isso. “Eu acho que o prefeito está focado na gestão, mas tem muita gente do partido focando em 2016, se eu fosse pensar nisso agora estaria prestando um desserviço à gestão que eu fui eleito”, complementou.
Nonato culpou o PT, PMDB e PSDB como culpados por antecipar a eleição e “tirar o brilho da gestão”. Ele classificou como um equívoco e disse que muitas pessoas estão mais interessadas nas próximas eleições do que em debater a gestão em 2015, “o calendário desse ano é administrativo e será difícil por causa da retração da economia e a queda do PIB, retenção do crédito, e aí quando se antecipa o debate eleitoral, perde-se o foco”, reafirmou.
Ele finalizou dizendo que governo tem que pensar em gerir e deixar para debater eleição no ano da eleição, “não se pode falar só em 2016, faltando um ano para isso”.
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