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Nomeação de ex-assessor de Bolsonaro no Exército é suspensa

Foto: Reprodução

O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid entregou um requerimento ao novo comandante do Exército, general Tomás Paiva, solicitando o adiamento de comando do 1º Batalhão de Ações e Comando de Goiânia (GO). A reunião entre os dois aconteceu nesta terça-feira (24).

O documento foi recebido pelo general Tomás horas antes da primeira reunião do Alto Comando, presidida por ele. A pauta principal do encontro era a situação do ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL). Depois de aceitar o pedido de afastamento, um novo oficial deve ocupar o cargo.

Cid afirma em depoimento que está se defendendo de acusações na Justiça e que não teria condições de assumir. Segundo informações que circulam pela imprensa, os generais do alto comando consideraram a decisão de Cid como “bastante adequada”.

A ordem partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ficou incomodado com a situação do bolsonarista. O petista solicitou ao ministro da Defesa, José Múcio, que resolvesse o problema.

O comandante exonerado Júlio César de Arruda se recusou a desfazer a nomeação de Cid, confirmando a primeira baixa no novo governo de Lula.

Segundo o site Uol, um general afirmou que o afastamento de Cid não garante que ele ficará impedido de assumir o comando no futuro, desde que seja absolvido.

Mauro Cid foi braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro  e indiciado pela Polícia Federal sob acusação de produzir informações falsas disseminadas pelo ex-chefe de Estado.

Bolsonaro associou falsamente a vacina contra a Covid-19 com o vírus do HIV. A afirmação foi feita numa live, em outubro de 2021. De acordo com as investigações, Cid teria levantado as informações.

O site Metrópoles ainda afirma que Mauro Cid também teria coordenado um suposto caixa 2 no gabinete de Bolsonaro. Investigado, o militar teve a quebra  de sigilo bancário autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: O Popular