O deputado federal Frei Anastácio (PT/PB) afirmou que no dia nacional de luta pela Reforma Agrária, que transcorre neste domingo (17), os que batalham pela terra só têm a lamentar porque Bolsonaro acabou com o programa. “No governo da destruição, a Reforma Agrária foi enterrada. A luta agora é pela reconstrução do programa. A esperança está na volta de Lula à presidência da República”, disse o deputado.
O parlamentar relatou que desde o início do governo, Bolsonaro só atacou a Reforma Agrária com cortes de recursos para o programa. “Ele que chamava assentados de “marginais” e “terroristas” conseguiu o que queria que foi acabar com a Reforma Agrária, fragilizar a agricultura familiar e fortalecer cada vez mais o agronegócio. Mas, nós todos sabemos que é a agricultura familiar que leva mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa do povo brasileiro”, afirmou.
O deputado frisou que, além de zerar o orçamento para aquisição de novas terras para o programa, Bolsonaro também reduziu drasticamente a verba para manutenção dos assentamentos. “Ele transformou o INCRA numa tapera burocrática e os assentamentos, sem assistência técnica, vão se transformar em favelas rurais”, explicou.
Famílias acampadas
O parlamentar alertou que o fim da Reforma Agrária deixa sem nenhuma esperança, as milhares de famílias que estão acampadas. “Só o MST coordena mais de 90 mil famílias acampadas, em 24 estados, à espera de terra da Reforma Agrária. Para sobreviver, elas se organizaram em pequenas cooperativas, associações e agroindústrias, sem nenhuma assistência do governo”, informou.
Frei Anastácio lembrou que enquanto Bolsonaro travou a Reforma Agrária, durante os governos Lula e Dilma (2003-2016), foram publicados 2.225 decretos de desapropriação de terras para fins de reforma agrária. Na gestão Temer (2017-2018), esse número caiu para 5 decretos, chegando a 0 com Bolsonaro. Em seus dois mandatos, Lula assentou 614.088 famílias no campo, com acesso à moradia.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba