A presidente Dilma Rousseff permaneceu no Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira em reunião com os ministros Jaques Wagner (chefe do gabinete pessoal), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Nelson Barbosa (Fazenda). À tarde, acontece a eleição dos senadores que formarão a comissão especial de impeachment da Casa, que deve votar um parecer em duas semanas.
Apesar de constar na agenda oficial de Dilma que ela viria ao Palácio do Planalto, como de praxe, a presidente permaneceu em sua residência oficial. Ela costuma se reunir com Jaques Wagner e Ricardo Berzoini quase que diariamente, e mais vezes com Wagner, que há um mês saiu da Casa Civil, a fim de que o ex-presidente Lula assumisse a pasta, o que foi inviabilizado pela Justiça, para assumir o gabinete pessoal da presidente, ainda com status de ministro.
A comissão especial de impeachment do Senado, a ser eleita, só tem cinco dos 21 integrantes favoráveis à presidente Dilma Rousseff. São necessários 11 votos para dar continuidade ao impeachment, que já que o processo passou pela comissão especial e pelo plenário da Câmara.
Se ele for aceito, os senadores votarão em plenário se o processo contra Dilma é instaurado ou arquivado. São necessários 41 votos para que ela seja afastada. Com este cenário, o vice-presidente, Michel Temer, assume a presidência. De acordo com levantamento do GLOBO, 48 senadores se dizem a favor do afastamento de Dilma, que pode durar até seis meses, enquanto o processo continua no Senado sob a condução do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
Fonte: O Globo