O presidente do Partido Social Liberal (PSL), Luciano Bivar, deu fortes indicativos que o partido deve apoiar o deputado paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP) nas eleições para a presidência da Câmara Federal no biênio 21/22. O acordo teria sido fechado numa reunião, na terça-feira (08), entre Maia e dirigentes do PSL e o anúncio deve ser feito nas próximas horas. As informações iniciais foram dadas pelo jornalista Igor Gadelha, da CNN.
O PSL é um dos partidos do grupo de Rodrigo Maia (DEM) e lutava para emplacar a candidatura de Bivar. A eleição será no dia 1 de fevereiro.
Aguinaldo Ribeiro é visto como o favorito do atual presidente da Casa para a sua sucessão. No entanto, ele enfrenta um desafio, pois seu partido, o Progressistas, já lançou candidato próprio, Arthur Lira (PP-AL). A candidatura foi lançada na quarta-feira (09), com apoio de oito partidos e do presidente Jair Bolsonaro.
Para fazer frente a seu colega de partido, Aguinaldo precisa colher apoios e o do PSL é essencial, por ser a segunda maior bancada da Casa. Além disso, o paraibano vai atrás dos partidos de esquerda, considerados fiéis da balança, pelo número expressivo de deputados. Esses partidos sempre estiveram ao lado de Maia e podem indicar apoio a Aguinaldo.
Esse movimento de apoio indica a confirmação do nome de Ribeiro à presidência.
Aguinaldo – do PP para o PSL?
No início da semana, a CNN divulgou que Maia estaria tentando uma manobra para viabilizar a candidatura de Aguinaldo. O acordo seria o apoio do partido, em troca da fidelidade do paraibano e uma filiação futura, na janela partidária de 2022. O partido então, desistiria da candidatura do deputado Luciano Bivar (PSL-PE) e presidente da legenda, e anunciaria publicamente apoio ao nome de Ribeiro.
“Isso seria bom. Aguinaldo é um ótimo quadro, é ex-ministro, ex-líder de governo. Mas, há impedimentos legais para isso”, afirmou Bivar à CNN, em referência ao risco de o Progressistas pedir o mandato de Ribeiro, acusando-o de infidelidade partidária.
Indagado se a filiação durante a próxima janela para troca de partido sem risco de perda de mandato, prevista para abril de 2022, não seria uma opção, o presidente do PSL respondeu: “Aí só teríamos o presidente da Câmara por seis meses”.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba