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Nilvan Ferreira afirma estar aberto à alianças com todos que queiram ajudar Santa Rita e coloca a saúde como prioridade da gestão

O Polêmica Paraíba apresenta nesta terça (4), a quinta entrevista, com os pré-candidatos a Prefeito de Santa Rita, no pleito do dia 6 de outubro.

Nilvan Ferreira afirma estar aberto à alianças com todos que queiram ajudar Santa Rita e coloca a saúde como prioridade da gestão

O Polêmica Paraíba apresenta nesta terça (4), a quinta entrevista, com os pré-candidatos a Prefeito de Santa Rita, no pleito do dia 6 de outubro.

As eleições desse ano tendem a repetir o mesmo esqueleto de 2020, quando tivemos um grande número de candidaturas, dos mais diferentes espectros políticos, disputando o voto dos habitantes da cidade dos canaviais.

O nosso entrevistado de hoje é Nilvan Ferreira (Republicanos). Ferreira é jornalista e já trabalhou nos principais meios de comunicação do estado. No âmbito da política, participou da sua primeira eleição no ano de 2020, quando ficou na terceira colocação em João Pessoa, fato que se repetiu em 2022, quando também ficou em terceiro, na disputa pelo Governo do Estado.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Polêmica Paraíba: Porque o Senhor decidiu sair candidato a Prefeito de Santa Rita?

A minha decisão foi baseada no convite que eu recebi de pessoas do povo, de lideranças políticas de Santa Rita, como Vereadores e ex-Vereadores e depois de fazer uma análise muito precisa, pois fui o Governador mais votado aqui em 2022, quando tirei 22.090 votos, em uma demonstração de muito carinho das pessoas de Santa Rita.

Essa minha decisão foi baseada na vontade do povo e no fato de que eu posso dar uma contribuição muito importante para o futuro dessa cidade, aquilo que hoje os atuais gestores não resolveram, eu venho com prestígio de uma grande bancada de Deputados Federais, com apoio de Senadores, com apoio de uma grande bancada de Deputados Estaduais e serão essas forças que eu vou reunir para que eu possa ter a possibilidade, se essa for a vontade da população de me eleger Prefeito. Quero fazer uma gestão que consiga muitos recursos de Brasília, muitos recursos do Governo do Estado, para que a cidade não fique somente dependendo do FPM, ICMS e IPTU.

A nossa intenção é trazer muitos recursos extra orçamentários para fazer o que a cidade precisa e quero também usar o meu prestígio que vem desde o tempo da televisão para poder atrair empresas para Santa Rita, que é uma cidade que precisa gerar emprego, pois infelizmente nós temos uma cidade muito deficitária na questão da economia, na geração de emprego e renda. Então é essa a contribuição que eu posso dar e que me me deu uma espécie de convencimento muito forte para decidir disputar a Prefeitura de Santa Rita.

PROBLEMAS NA CIDADE

PP: Quais são as principais falhas da gestão Emerson Panta?

A principal falha da gestão atual é a saúde. A saúde não funciona em Santa Rita, nós temos 38 psf`s, mas temos 10 áreas descobertas, que não atendem 100% da população. Precisamos criar 10 novas equipes de saúde da família, que precisam ser estabelecidas.

Em Santa Rita, se alguém quebrar um braço, tem que levar para o Trauminha de Mangabeira em João Pessoa, nossos pacientes de hemodiálise tem que ir para o São Vicente de Paula ou outros hospitais para fazer hemodiálise, Santa Rita não tem um centro de imagem, não tem um programa de entrega de remédio em casa como outras prefeituras tem, Santa Rita acabou com as farmácias básicas nos postos de saúde.

A população tem que pegar a ficha no posto de saúde às 4 horas da manhã, os postos estão sempre cheios de gente, pessoas dormem nas portas dos postos de saúde, enfim, a saúde de Santa Rita é muito deficitária e se nós cuidarmos do atendimento básico que é no psf, pois psf precisa ter médico, dentista, enfermeiro, o técnico, o auxiliar, nós vamos botar esses psf`s para funcionar, porque a saúde é o principal gargalo do povo de Santa Rita.

PP: Estamos vendo uma crescente na violência em Santa Rita nos últimos anos. Como o Senhor pretende trazer uma maior sensação de segurança aos habitantes?

A primeira coisa a se fazer, é com que a Prefeitura cumpra o seu papel social. A Prefeitura abandonou os bairros, ela não está presente nos espaços públicos, não oferece espaços sociais, de lazer e de entretenimento.

A gestão abandonou a educação que é o motor para construir um futuro sem violência e sem criminalidade e hoje a educação de Santa Rita está abandonada. Se não cuidar da base e não cuidar dos princípios, a gente vai vai deixar essa futura geração abstrata, obsoleta, sem perspectiva e a falta de perspectiva leva as pessoas para o mundo errado.

O poder público tem que cumprir a sua tarefa, temos que voltar a oferecer praças esportivas para a juventude, nós precisamos fazer com que o poder público esteja presente nos serviços básicos como saúde, educação, lazer, cuidar da escola em tempo integral para que a criança e o jovem cheguem às sete horas e saiam no final da tarde, que gaste sua energia com a escola normal para aprender a ler e escrever na idade certa, mas que no outro turno essa criança possa aprender a tocar violão, possa ter acesso à cultura, a esporte, a internet.

Além disso a gente precisa fazer parcerias com o Governo do Estado para poder ajudar a própria Polícia Militar, eu vou reforçar a questão da Guarda Municipal, fazer mais concursos para poder absorver os números na Guarda Municipal, pois a gestão atual propôs chamar apenas 40 e eu acho que a Guarda Municipal não poderia começar com menos do que 150 homens e eu vou fazer o concurso público para suprir essa deficiência e nessa estratégia a Guarda Municipal pode ser um braço importante da segurança pública.

Precisamos iluminar as ruas, fazer com que a cidade tenha iluminação de led, porque deixa a cidade mais clara e cidade mais clara faz com que o bandido fique sem ter o mesmo estímulo para praticar atos de violências. A gente precisa fazer com que a cidade tenha câmera de monitoramento, não são câmeras para multar as pessoas e sim câmeras que podem servir como os olhos da segurança pública municipal nas principais vias e ruas do nosso bairro e criar uma grande central de vídeo monitoramento que esteja também interligada com a Central de Monitoramento da Secretaria de Segurança Pública do Estado.

ARTICULAÇÕES POLÍTICAS

PP: Como o Senhor vislumbra o perfil do seu companheiro de chapa? Já existem conversas com legendas que teriam prioridades nessa escolha?

O perfil que eu vislumbro é de ser alguém que possa corroborar com o projeto de mudar Santa Rita, alguém que tenha similaridade de pensamento, daquilo que a gente está discutindo nos bairros, na questão da saúde, da educação, da infraestrutura, da geração de emprego e renda, do turismo, Então o perfil é de alguém que venha para somar, para agregar muitos valores importantes na questão do potencial do nosso programa de governo, para que Santa Rita possa se desenvolver, sair do marasmo e possa atingir um novo nível.

Já estamos conversando com outras legendas, tudo está sendo feito de uma forma muito firme, muito espontânea. Nós temos conversado com os partidos que já estão com a gente, com outros partidos que não estão com a gente, mas que tem uma perspectiva de se aliar ao nosso grupo.

Mas no momento certo, que vai ser até a convenção, que é no começo de agosto, nós vamos decidir, ouvindo os amigos, ouvindo os aliados, ouvindo os partidos aliados, e para decidir o nome que venha somar mais, que venha contribuir mais com a perspectiva de vitória e de fazer uma gestão a quatro mãos, prefeito e vice, para poder Santa Rita avançar.

PP: O Senhor é um nome muito ligado ao Bolsonarismo, mas vem se portando de forma mais neutra nesse novo processo eleitoral. Qual foi o motivo para essa mudança de postura? E se eleito, teria problema em dialogar de alguma forma com o Presidente Lula?

Primeiro, não tem mudança de comportamento minha em relação a Bolsonaro, nem a ninguém. Eu apenas vejo que a disputa em Santa Rita não pode ser marcada por briga ideológica. A disputa aqui não é entre direita e esquerda, não é entre Lula e Bolsonaro, Bolsonaro e Lula. A disputa aqui é entre um projeto que quer fazer Santa Rita mudar e um projeto que quer fazer Santa Rita continuar do mesmo jeito.

O candidato aqui nem é Lula nem é Bolsonaro, o candidato aqui é Nilvan. Então eu não posso transformar a disputa pela prefeitura de Santa Rita numa briga ideológica. Eu não vou fazer isso e eu tenho feito com que o nosso palanque, tenha a capacidade de receber quem queira ajudar Santa Rita. Se é o Governador que quer ajudar Santa Rita, ele será bem-vindo, se for um Deputado Federal ou Estadual ligado a qualquer partido quer ajudar Santa Rita, ele também vai ser bem-vindo. O meu objetivo aqui é unir pessoas que queiram ajudar Santa Rita, independentemente da sua questão ideológica.

E na questão de eu ter problema de dialogar de alguma forma com o Presidente Lula, eu posso afirmar que isso não irá ocorrer. Se eu me tornar Prefeito de Santa Rita, vou precisar do Governo Federal e terei a mesma postura que o Governador de São Paulo e que outros Governadores tem. O Governador Tarcísio, todas as vezes que é preciso ir em Brasília, conversar com o Presidente da República para conseguir os recursos para o seu estado, ele vai sem nenhum tipo de problema. Uma coisa é a eleição e outra coisa é a gestão. O prefeito precisa ter clareza de que existe uma relação institucional e eu vou procurar todos os meios para conseguir os recursos que possam fazer com que Santa Rita possa crescer, possa avançar e possa se desenvolver.

PP: O candidato se filiou ao Republicanos, que é um partido da base do Governador João Azevêdo, mas o seu principal adversário de momento é o Vereador Jackson Alvino que faz parte do PP e que também é aliado do Governador. Como angariar um apoio primordial como é o de João em uma disputa acirrada como a de Santa Rita?

De forma muito tranquila, a gente continua fazendo os entendimentos necessários, esses entendimentos estão sendo capitaneados pelo Presidente dos Republicano, o Deputado Hugo Motta, pelo Presidente da Assembleia, o Deputado Adriano Gaudino, o Deputado Felipe Leitão, que também tem nos ajudado muito nesse diálogo, e eu acho que o PSB vai fazer a avaliação certa, na hora certa, de qual será a melhor forma para avançar em Santa Rita, e eu estou de mão estendida para os partidos e os grupos políticos que queiram me ajudar na gestão.

O Governador é um aliado muito importante, pois é alguém que eu vou precisar muito para fazer parcerias importantes, como no caso da nova UPA e o Governador vai ser um parceiro fundamental nisso, também penso em abrir um novo restaurante popular na região de Várzea Nova ou no Alto das Populares, vou precisar colocar o Hospital Infantil para atender às nossas crianças, preciso cuidar da infraestrutura de Santa Rita e o Governador pode ser um parceiro inclusive para me ajudar a conseguir recursos no Governo Federal e resolver esse problema de ruas que ficam alagadas com a chuva, esgoto que corre a céu aberto na porta das pessoas.

A minha luta para conseguir os apoios, inclusive do Governador é baseado nisso. O Governador tem feito muito por Santa Rita, o Arco Metropolitano é um exemplo disso, pois vai valorizar uma área muito importante que pega Odilândia e Ciccerolândia, com acesso até a BR-101 do outro lado quando vai para Recife. O Governador também vai fazer a ponte entre Cabedelo e Lucena e Forte Velho será muito beneficiado pela ponte.

Eu preciso reconhecer isso e se for possível ter o Governador e o PSB como parceiros, que podem me ajudar muito agora e depois de eleito, na construção de uma Santa Rita melhor, de uma Santa Rita mais produtiva, de uma Santa Rita de oportunidades.

PROMESSAS

PP: Qual o principal projeto que o Senhor tem para a cidade de Santa Rita?

O principal projeto para Santa Rita hoje, é a mudança de postura política na cidade. Santa Rita precisa ser vista como a cidade grande que ela é.

Santa Rita não pode ser vista como uma cidade pequena, tem que se mudar a postura, mudar costumes. O prefeito precisa ser um parceiro de todos os segmentos da cidade, ser parceiro do segmento produtivo, ser o parceiro do servidor público, o parceiro das pessoas mais humildes. Essa é a visão de um projeto macro para a cidade e é nesse bojo que a cidade precisa resolver gargalos.

O primeiro gargalo é a questão da saúde, pois a saúde de Santa Rita colapsou, o principal problema dessa cidade hoje é a saúde. Essa cidade precisa olhar para a questão da educação, pois nos últimos 8 anos nós não construímos nenhuma escola ou sala de aula e se pensarmos na questão da economia, é preciso destravar todas as vertentes, para que a cidade possa receber empresas e que elas possam se instalar em Santa Rita, pois nós temos todas as potencialidades para ser a cidade mais desenvolvida do ponto de vista econômico e não estamos sabendo aproveitar isso. A gente está fazendo aquele feijão com arroz, mas não está preparando Santa Rita para o futuro.

PP: O que os moradores de Santa Rita podem esperar da sua possível gestão?

Esperar que a gente resolva gargalos que ao longo dos últimos anos não foram resolvidos. O primeiro é a saúde que eu já falei anteriormente, botar os psf`s para funcionar, a saúde básica vai ter uma atenção muito especial porque é na saúde básica que se resolvem os primeiros problemas de saúde. Santa Rita hoje depende da UPA de Tibirí que está colapsada porque como o psf não funciona e todo mundo corre para a UPA.

Nós temos o Hospital Flávio Ribeiro Coutinho que é o Hospital administrado pelas irmãs, não é um Hospital da Prefeitura e tem convênio com o SUS. Mas a ajuda para o Hospital Flávio Ribeiro é muito pequena, o pessoal lá recebe o pagamento atrasado, isso termina dificultando o atendimento. O que as pessoas podem esperar é de que a gente bote os 38 psf`s para funcionar, iremos criar 10 novas equipes de saúde da família para áreas que hoje são descobertas. Nós vamos botar para funcionar três psf`s até 10 horas da noite, um em Tibiri, outro em Várzea Nova e outro no Alto das Populares.

E também vamos discutir com o Governo do Estado a possibilidade de mais uma UPA para Santa Rita. Já temos a UPA em Tibiri, então eu quero mais uma UPA e essa nova UPA será no Alto das Populares. Porque aí eu vou ter uma UPA numa grande área que é Tibiri e uma UPA numa outra grande área que é o Alto das Populares.

Ou seja, nós vamos ter uma cobertura 100% de PSF e, além disso, nós vamos fazer também voltar a funcionar o pronto-socorro de fratura de Santa Rita para que as pessoas possam ter o atendimento de ortopedia aqui pertinho, casos simples e só indo para João Pessoa aqueles casos que sejam de média e de alta complexidade.

Fonte: Vitor Azevêdo
Créditos: Polêmica Paraíba