Se depender do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSBD), o debate polarizado e radicalizado que ocorreu em 2018 não terá vez na disputa pela Presidência da República no próximo ano. O paraibano está na vanguarda de um movimento de renovação, dentro do PSDB, que aponta para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, como o nome do partido para a disputa do próximo ano.
Em entrevista à reportagem do Polêmica, o tucano elencou qualidades que, segundo ele, representam a política de Eduardo Leite, e que estão em falta no país atualmente: equilíbrio, sensatez e firmeza, com respeito às diferenças.
“A gente gasta muita energia, e perde muito com esse bombardeio político incessante. Em um momento fiscal difícil no Rio Grande do Sul, ele tem conseguido entregar resultados e alia técnica com capacidade de gestão”, disse.
O PSDB conta, também, com o nome de João Dória, que já vem dando sinais claros que deseja disputar o pleito do próximo ano e quer polarizar a disputa com o presidente Jair Bolsonaro. Nenhuma das opções, porém, têm a simpatia do deputado paraibano, que tem adotado um discurso de moderação e consenso.
Apesar de defender a inclusão de Leite na discussão para 2022, Pedro reconhece que é necessário, antes, viabilizar o campo político que ele representa.
“O nome de Eduardo Leite termina por reunir esse sentimento, que não precisa necessariamente ser o candidato. A gente, primeiro, tem que ter a humildade e a capacidade de que é preciso viabilizar um campo político. A gente quer fortalecer esse campo e o nome de Eduardo tem colaborado muito para construir esse caminho”, considerou.
A polarização, aliás, divide o próprio PSDB. Recentemente, a recondução de Bruno Araújo para a presidência do partido foi uma demonstração de que a maioria dos integrantes da legenda não aceita os direcionamentos dados ao partido por um dos seus expoentes atuais, que é João Dória.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba