História

NASCIMENTO DE JOÃO PESSOA: Relembre sua trajetória política e contexto da morte

Arte: Marcelo Jr
Arte: Marcelo Jr

No dia 24 de janeiro de 1878, na cidade de Umbuzeiro, nascia João Pessoa, advogado e governador paraibano que teve forte influência na política nacional. A princípio, foi candidato a vice-presidente, na chapa de Getúlio Vargas, em 1930, perdendo para a chapa governista, liderada por Júlio Prestes. Por outro lado, muito se fala a respeito de sua morte, fato que até os dias de hoje, historiadores relatam o contexto por trás do crime.

Trajetória política

Antes de tudo, entre os anos de 1919 a 1930, esteve a frente do Supremo Tribunal Militar do Brasil, onde atuou como Ministro da entidade. Afinal, em sua formação acadêmica, se graduou em Direito na Faculdade de Direito do Recife, em 1904.

Porém, o ápice de sua carreira na política iniciou tarde, em 1928, quando, aos cinquenta anos, se elegeu presidente do estado da Paraíba. A partir disso, em 1929, negou seu apoio ao candidato oficial à presidência da República, Júlio Prestes.

Posteriormente, ao lado de Getúlio Vargas, fez parte da oposição à Presidência da República, para as eleições de 1930. Entretanto, foi morto por seu adversário político, João Dantas, no centro do Recife.

Durantes seus dois anos de governo (1928 a 1930), proporcionou uma reforma na estrutura político-administrativa do estado. A fim de enfrentar as dificuldades financeiras da época, instituiu a tributação sobre o comércio realizado entre o interior paraibano e o porto do Recife, até então livre de impostos.

Em contrapartida, os defensores de João Pessoa alegam que, apesar de fazer parte de família oligarca, o político se tornou um forte combatente de grupos tradicionais e seus interesses.

Contexto de sua morte

Sobre esse aspecto, existem muitas vertentes e teorias. Assim, há quem diga que, a motivação por trás do assassinato cometido por João Dantas, seria um episódio envolvendo o próprio João Pessoa.

Anos antes do incidente no Recife, a residência de Dantas havia sido invadida por elementos da polícia, supostamente sob ordem de Pessoa. Como consequência, ocorreu a publicação nos jornais da capital do estado, apresentando cartas íntimas que trocou com a professora Anaíde Beiriz.

Contudo, em depoimento à um jornal da época, o próprio João afirmava se tratar de uma “questão de honra pessoal”. Dessa forma, afastava toda e qualquer suspeita de motivações políticas nacionalistas, limitando a razão do crime, em sua maior parte, a uma política local.