— É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo — disse Mourão sobre o filho do presidente, acrescentando que é preciso aguardar o andamento dos fatos e investigações antes de se tirar conclusões.
Conforme informações divulgadas pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Queiroz movimentou um volume de dinheiro substancialmente maior do que o que veio a público em dezembro. Os arquivos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) registram transações no valor total de R$ 7 milhões nas contas de Queiroz entre os anos de 2014 e 2017. Até então, o valor que havia sido tornado público era de R$ 1,2 milhão, movimentado atipicamente entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Nos dois exercícios imediatamente anteriores (entre 2014 e 2016), passaram pela conta corrente do motorista R$ 5,8 milhões — média de R$ 2,9 por ano.
As investigações sobre o caso estão suspensas desde quinta-feira passada (17), por decisão do ministro do STF Luiz Fux, após pedido de Flávio Bolsonaro.
No sábado (19), foi tornada pública a informação de que Flávio fez um pagamento de R$ 1.016.839 em um título bancário da Caixa Econômica Federal sem identificar o favorecido, conforme o Jornal Nacional. O título também não tem data nem detalhes do pagamento.
Em entrevista gravada ao Jornal da Record, na sexta-feira (18), Flávio afirmou que quanto mais seu ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz “demora” para esclarecer acusações, mais ele o prejudica. O senador eleito também acusou o Ministério Público (MP) do Rio de investigá-lo ocultamente desde meados de 2018. Segundo ele, o MP se utilizou de “vários atos ilegais, sem a devida autorização judicial”, para investigá-lo.