Em entrevista

"Não defendo essa união": Bruno diz que não quer Cartaxo, descarta aliança de Romero com João e comenta possibilidade de ter Efraim com Pedro

O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, foi o entrevistado do Arapuan Verdade na tarde desta segunda-feira (20). Como principal assunto, não podia ser diferente, o lançamento da pré-candidatura do deputado federal e primo, Pedro Cunha Lima (PSDB), ao Governo do Estado. Bruno realizou também um balanço do seu primeiro ano à frente do Executivo municipal.

Candidatura de Pedro ao Governo

Questionado sobre sua influência na candidatura do deputado federal ao Governo do Estado, Bruno colocou a responsabilidade na sua função: “Eu não estou conduzindo, o condutor é Pedro. Pedro é o candidato, eu estou dentre os aliados. Eu tenho a devida noção do peso, não de Bruno, mas do prefeito de Campina Grande, são coisas diferentes”, destacou.

Romero com João? Efraim na chapa? União com Cartaxo?

“Eu não escondo de ninguém que sempre tive uma excelente relação com Efraim. Mas quanto à composição de chapa, esse vai ser um processo gerido, vai ser um processo articulado por Pedro, que é o nosso pré-candidato a governador”, despistou o prefeito.

Ele garantiu ainda que Romero é seu candidato a deputado federal. “Naturalmente, já havia dito isso”.

Já o seu mentor estar com João, Bruno descarta a possibilidade. “Não trabalho com a hipótese de Romero votar com João. A minha percepção, as conversas que tem existido, eu, particularmente, não acredito. Existe no campo da especulação”, disse Bruno.

Quanto uma união com o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que voltou ao PT na semana passada, Bruno diz não ser a favor, mas que o debate será conduzido por Pedro Cunha Lima. “Nós estivemos com Cartaxo nas eleições de 18, nós votamos em Lucélio como candidato a governador e eu confesso que fiquei muito surpreso com a decisão dele de voltar ao PT. Eu não defendo essa união”, disse.

Avanços da PMCG

“Mais de um milhão de paraibanos dependem de Campina, nas suas estruturas de saúde, nas suas estruturas de educação, no comércio de Campina Grande, na feira central, então é um desafio que já seria muito grande e agravado pela pandemia”, começou Bruno.

Sobre a influência de Romero em sua gestão e de suceder um aliado político, Bruno destacou que não faz diferença. “Esse ponto não nem diferença, para mais, nem para menos. O fato de fazer uma sucessão de um aliado, de um amigo, como é o caso de Romero, apenas traz consigo características que são normais. Se observar, boa parte do nosso governo, boa parte das pessoas que compõem a nossa gestão, vem da gestão de Romero”.

Ele comentou a situação econômica do país, com inflação alta e preços aumentando a cada semana. “O que dificulta, por exemplo, é o cenário econômico que nós encontramos esse ano. O Brasil tem no acumulado dos últimos 12 meses a inflação subindo 10 pontos, o cidadão que tá me ouvindo sabe que o pacote de cuscuz teve um aumento de 48%, o litro de gasolina em 74%. E isso sim traz dificuldades, aí traz dificuldade, por exemplo uma pandemia, como é que nós estamos enfrentando”, disse.

“Comparando os recursos recebidos no ano passado com esse ano, nós recebemos um total de quase 200 milhões a menos do que no ano passado, com uma pandemia muito mais grave, a minha despesa enquanto município, tesouro do município, o acumulado de janeiro a novembro do ano passado, a prefeitura precisou desembolsar do recurso do tesouro para o fundo municipal de Saúde. Precisou transferir 33 milhões de janeiro a novembro. Esse ano, nós transferimos 65, então é exatamente o dobro. Recebi menos recursos do governo, mas apesar de tudo isso nós tivemos avanços importantes, mais de 150 ruas pavimentadas ou em asfalto em paralelo, mas de dez praças, centenas de famílias receberam água na zona rural de Campina Grande, na porta de casa”, destacou o prefeito.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba