'Não dá para se informar lendo a Veja', diz Chico Buarque a grupo de jovens que o cercaram na saída de restaurante

Cantor e compositor defendeu-se das ofensas sem exaltação

chico buarqueNa noite de segunda-feira (21), o cantor e escritor Chico Buarque foi abordado por um grupo de jovens e provocado por ser apoiador e ativista do PT. Entre os agressores, estava o filho do empresário paulista Alvaro Garnero. Herdeiro de uma família trasdicional, Alvaro se filiou ao PRB e cogitou ser candidato a deputado federal. O ataque aconteceu em uma rua do bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, onde o cantor mora e por onde costuma passear.

O músico saía de um jantar na rua Dias Ferreira, acompanhado do cineasta Cacá Diegues e do escritor e jornalista Eric Napomuceno, quando foi cercado pelo grupo. As provocações começaram com os jovens afirmando repetidamente e em tom agressivo que “o PT é bandido”. Sem se exaltar, o cantor respondeu: “Eu acho que o PSDB é bandido, e aí?”.

Apesar da agressividade dos jovens, Chico permaneceu calmo e ironizou a posição política do grupo, dizendo que “com base na revista Veja, não dá para se informar”. Um dos agressores, então, replica: “A minha opinião é a minha opinião”.

No final da discussão, um dos jovens afirma que “defender o PT e morar em Paris é fácil”, ao que Chico responde: “Eu não moro em Paris, eu moro aqui”.

 

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