Conhecido pela atuação na coordenação da Lava-Jato em Curitiba, o procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, concedeu entrevista à rádio Arapuan FM. Na ocasião, falou sobre combate à corrupção no atual momento do país e mencionou a Paraíba em trecho veiculado nesta sexta-feira (11).
Para o procurador, o Brasil vive um momento de recuo no enfrentamento à corrupção. Ele apontou uma série de medidas e decisões que estariam, segundo ele, provocando um retrocesso em nome da impunidade, a exemplo do fim da prisão após condenação em segunda instância e do envio de processos de corrupção para a Justiça Eleitoral.
Questionado sobre a Operação Calvário, que ocorre na Paraíba, o procurador elogiou trabalho do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco), coordenado pelo promotor Octávio Paulo Neto.
“Eu tive o privilégio e honra de conhecer o promotor Octávio ao longo da Lava-Jato. É uma pessoa extremamente dedicada. Ele sempre agiu com muita inteligência e imparcialidade nas ações de investigação da Operação Calvário e representa mais um braço do Ministério Público no combate à corrupção”, afirmou.
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Ele também comentou recente decisão, do Supremo Tribunal Federal, que encaminhou para a Justiça Eleitoral um dos processos referentes ao ex-governador Ricardo Coutinho (PSB). “Isso abre brecha para que os todos os processos sejam anulados uma vez que a Justiça Eleitoral não tem competência para julgar crimes de corrupção e isso que vem acontecendo em todo o Brasil”, disse.
Dallagnol também falou sobre a decisão do ex-juiz Sérgio Moro em se tornar ministro do presidente Jair Bolsonaro e respondeu questionamentos sobre o caso ‘Vaza Jato’, em relação às mensagens vazadas que foram publicadas pelo site The Intercept. A íntegra vai ao ar na próxima segunda-feira (14).
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba