Em entrevista à rádio CBN nesta sexta-feira (12), o vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou que “sob pressão e forte emoção ocorrem erros” ao se referir ao assassinato do músico Evaldo Rosa dos Santos, que teve o carro fuzilado com mais de 80 tiros por militares do Exército no domingo (7), em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro.
“Sob pressão e sob forte emoção, ocorrem erros dessa natureza. Isso aí está sendo investigado, foi aberto o inquérito policial militar devido”, disse Mourão.
No chamado projeto anticrime, o ministro da Justiça, Sergio Moro defende um “excludente de ilicitude”, que pode ser usado para reduzir ou anular a pena de militares que cometeram assassinatos durante o trabalho que estiverem sob “forte emoção”.
Segundo o vice de Jair Bolsonaro, os “disparos péssimos” feitos pelos militares evitaram uma tragédia maior. No carro, além de Evaldo estava a mulher, o sogro, um filho de 7 anos e uma amiga da família. O sogro e uma pessoa que passaram pelo local também foram atingidos pelos tiros.
“Houve uma série de disparos contra o veículo da família, né? Você vê que só uma pessoa foi atingida [ao menos três foram atingidas], então foram disparos péssimos, né? Porque se fossem disparos controlados e com a devida precisão não teria sobrado ninguém dentro do veículo. Seria pior ainda a tragédia. Então isso é um fato”, afirmou Mourão.
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Revista Fórum