
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou a deputados que pautará em breve a cassação de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco (PSOL).
O gesto de Motta seria uma forma de sinalizar equilíbrio, após o Conselho de Ética aprovar, nesta quarta-feira (9), o relatório pela perda do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ). Seu caso chegou ao colegiado em abril de 2024 e também precisará ser levado ao plenário, mas ainda cabem recursos.
Chiquinho Brazão está preso há mais de um ano — assim como seu irmão, Domingos Brazão. O parecer pela cassação do seu mandato foi aprovado em agosto passado.
Em 2024, 17 dias depois da operação da Polícia Federal que prendeu os dois irmãos, o plenário da Câmara aprovou a manutenção da prisão de Chiquinho.
Em seguida, o PSOL pediu sua cassação no Conselho de Ética. O processo foi aprovado no colegiado e chegou ao plenário em 28 de agosto do ano passado, mas desde então ficou travado.
Chiquinho Brazão segue preso no Complexo Penitenciário da Papuda (DF). Enquanto isso, preserva o mandato, sua equipe segue trabalhando e a Casa continua pagando a remuneração do deputado, com um desconto significativo pelas faltas no plenário.
Glauber responde por agressão ao militante do MBL (Movimento Brasil Livre) Gabriel Costenaro, em abril do ano passado.
Aliados do parlamentar do PSOL apontam, durante a tumultuada sessão do Conselho de Ética, uma manobra de Motta para garantir que a análise do caso não fosse mais postergada e o parecer fosse votado nesta quarta.
Fonte: ICL
Créditos: Polêmica Paraíba