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Moro diz ter apoio de 'grande maioria' em ações da Lava Jato

Moro admitiu que poderia ter errado no entendimento jurídico adotado no caso, mas pediu "respeitosas escusas"

Em um vídeo postado nas redes sociais, o juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em Curitiba (PR), agradeceu as “manifestações de carinho” e disse que a investigação tem o apoio da “grande maioria, talvez a totalidade da população”.

O depoimento foi publicado neste domingo (19) na página do Facebook “Eu MORO com ele”, criada pela mulher de Moro, Rosangela Wolff Moro, para receber manifestações de solidariedade ao juiz.

Na sexta (17), a página completou um ano, e a Operação Lava Jato, três.

No vídeo, Moro agradeceu pelos comentários na página, que, segundo ele, “foi criada em um momento muito difícil”.

“[A página] ajudou em um momento muito tenso para que nós realizássemos essa travessia, sabendo que nós contávamos com o apoio da grande maioria, talvez a totalidade da população para esses trabalhos que vêm sendo realizados na assim chamada Operação Lava Jato”, disse.

“A página está completando um ano, continua recebendo essas manifestações de carinho e eu tenho somente que agradecer a todos vocês”, concluiu.

Na semana em que a página foi criada, em 2016, Moro passou de “herói” – exaltado em cartazes e gritos de guerra durante manifestações espalhadas pelo país a favor do impeachment de Dilma Rousseff – a alvo de polêmica, após ter suspendido o sigilo de conversas telefônicas do ex-presidente Lula interceptadas pela Polícia Federal, que atingiram Dilma.

Na época, o então ministro do STF e relator da Lava Jato Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo no início do ano, determinou que Moro encaminhasse todas as investigações envolvendo o ex-presidente para o tribunal e decretou sigilo nas interceptações telefônicas envolvendo o petista.

Moro admitiu que poderia ter errado no entendimento jurídico adotado no caso, mas pediu “respeitosas escusas” ao Supremo pelos efeitos causados com a divulgação de escutas e disse que não houve motivação político-partidária.

 

Fonte: Folhapress