O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, emitiu nota oficial na noite deste domingo 9, na qual se posiciona após ter conversas vazadas em reportagem do site The Intercept. A publicação mostra Moro e o procurador Deltan Dallagnol tratando de operações da Lava Jato em troca de mensagens pelo aplicativo Telegram – o teor sugere falta de isenção em episódios como a proibição de que Lula concedesse uma entrevista às vésperas das eleições de 2018, quando o hoje ministro ainda era juiz.
Moro classifica as conversas como “supostas mensagens” e diz que as falas foram “retiradas de contexto”. De acordo com ele, “não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado”.
Mais cedo, a Força-Tarefa da Lava Jato emitiu nota na qual diz ter sido alvo de um ataque hacker. “Procuradores mostram tranquilidade quanto à legitimidade da atuação, mas revelam preocupação com segurança pessoal e com falsificação e deturpação do significado de mensagens”, declara em comunicado.
Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também se manifestaram em nota oficial e afirmam que as conversas divulgadas demonstram “uma atuação combinada entre os procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro com o objetivo pré-estabelecido e com clara motivação política, de processar, condenar e retirar a liberdade do ex-presidente Lula”.
Veja a íntegra da nota de Sergio Moro:
“Sobre supostas mensagens que me envolveriam publicadas pelo site Intercept neste domingo, 9 de junho, lamenta-se a falta de indicação de fonte de pessoa responsável pela invasão criminosa de celulares de procuradores. Assim como a postura do site que não entrou em contato antes da publicação, contrariando regra básica do jornalismo.
Quanto ao conteúdo das mensagens que me citam, não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado, apesar de terem sido retiradas de contexto e do sensacionalismo das matérias, que ignoram o gigantesco esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato.”
Fonte: Veja
Créditos: Veja