O retorno ao Brasil de Jean Wyllys é dado como certo. O ex-deputado baiano revelou que participará, de forma voluntária – e presencial –, das discussões de políticas públicas oferecidas pelo PT quando a campanha presidencial começar. “Eu vou participar da política, mesmo que não seja oficialmente. Eu e Márcia Tiburi (filósofa que também deixou o país por ameaças de morte) queremos fazer uma caravana pelo Brasil com aulas de filosofia para combater a desinformação. Vou voltar ao Brasil para ajudar a reconstruir o meu país”, disse ao colunista.
“Estarei no PT como um fator de controle de qualidade para garantir que o partido faça uma agenda verde, feminista e diversa sexualmente. É dessa maneira que faço política e sempre foi assim”, ressaltou. O ex-deputado federal baiano, de 47 anos, está exilado na Espanha, depois que precisou abandonar seu mandato, para o qual foi eleito, e deixar o país em 2019 após sofrer ameaças de morte e violência, dentro e fora da política. “Eu saí na hora que tinha que sair para proteger minha vida, mas saí como estratégia de sair vivo e lutar contra eles. Estou vivo, produzindo e vendo a ruína dessa gente”, diz Jean em entrevista à coluna.
Desde que se mudou, Jean Wyllys deu continuidade à sua vida acadêmica, se dedicou à arte e, também, em fazer política sem correr risco de vida. “Aqui eu sou um cidadão comum. Estou na universidade fazendo doutorado em ciências políticas, circulo entre os intelectuais e não sou um rosto conhecido. Hoje atuo aqui e no Brasil. Vivo duas dimensões de tempo e espaço, mas com segurança. Eu precisava me recompor como sujeito, curar minhas feridas, e ter tranquilidade”, explicou Jean, que é filiado ao PT, depois de sair do PSOL em maio de 2021.
Fonte: Polêmica Paraíba
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