Na manhã desta segunda-feira (13/9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou os atos contra o governo federal realizados no último domingo (12/9), que contaram com baixa adesão, e disse que os manifestantes presentes são “dignos de dó, de pena”.
Convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua, os atos contaram com a presença de algumas siglas de esquerda, como PDT, PSB e Cidadania, mas não tiveram participação do PT nem do PSol. Eles pediram o impeachment do presidente Bolsonaro. O principal foco foi na Avenida Paulista, São Paulo, mas o número de manifestantes ficou aquém do esperado.
“Essa minoria que é contra, os que foram às ruas ontem, são dignos de dó, de pena”, disse Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. A conversa foi divulgada por um canal no YouTube simpático ao presidente.
Bolsonaro ainda ironizou a presença de nomes apontados como candidatos à Presidência da República em 2022: “Vocês viram em São Paulo ontem, cinco presidenciáveis aglomerados?”.
Cinco presidenciáveis participaram dos atos em São Paulo: Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), João Amoêdo (Novo) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
O ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta relatou aos manifestantes que o chefe do Executivo federal teria zombado da gravidade da Covid-19 ao saber da chegada da doença.
“Eu falei que essa doença contagiosa, ele [Jair Bolsonaro] olha e diz: essa doença só vai morrer quem tem que morrer. Ele [Jair Bolsonaro] olha e diz: essa doença não pode parar a economia. Naquele momento, as pessoas iam ser atendidas, no início, mas somente no [hospital] Sírio libanês e no Einstein. Eu disse: e quando chegar no povão, no mais pobre, na Brasilândia, em Paraisópolis, quem é que vai lá?”, disse Mandetta, durante o discurso.
Mais cedo, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que os atos convocados por movimentos considerados de “terceira via” não tiveram tanto êxito, uma vez que grupos expressivos da esquerda não participaram.
“As manifestações de ontem, eu não nunca desdenho de nada, mas foram bem aquém daquilo que podia se esperar: a realidade é que a esquerda faltando, falta muita gente, né”, opinou o general. Manifestações contra e a favor do governo foram convocadas para o domingo (12/9), em alguns estados do Brasil.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles