Depois de semanas de negociação, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, decidiu nesta manhã que vai se filiar ao Republicanos para disputar o governo de São Paulo na eleição de outubro. Ele e a ministra Damares Alves irão se filiar ao partido num evento segunda-feira em Brasília.
A decisão foi sacramentada num café da manhã com o presidente Jair Bolsonaro, o próprio Tarcísio e o presidente do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP), nesta manhã.
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A filiação de Tarcísio e Damares foi a contrapartida oferecida por Jair Bolsonaro ao pastor Marcos Pereira, deputado e líder do Republicanos, para sacramentar o apoio nacional do partido a Bolsonaro.
Também ajuda Tarcísio a minar o apoio de partidos do Centrão a Rodrigo Garcia (PSDB), vice de João Doria. Garcia por enquanto não passou de 5% de intenção de voto nas pesquisas eleitorais, enquanto o ministro da Infraestrutura tem registrado 10%.
Mas o tucano vai disputar a eleição no cargo de governador, controlando a máquina administrativa, e portanto ainda pode crescer na campanha.
Até agora, o Republicanos vinha fechado com Garcia em São Paulo. Com a filiação de Tarcísio, terá de reorientar seu posicionamento. O próprio Pereira ora comunicar a decisão a Garcia num encontro nesta tarde, no Palácio dos Bandeirantes.
Há semanas Pereira vem reclamando nos bastidores de que o presidente da República tem direcionado todos os políticos ligados a ele para o Partido Liberal, o PL, sem permitir que nenhum deles se filie ao Republicanos. E não só: o republicanos também perdeu quadros para o PL como o ministro da Cidadania, João Roma, que pretende colar sua imagem a Bolsonaro para disputar o governo da Bahia.
Com a filiação de Damares e Tarcísio, ficou acertado que Roma está liberado para disputar a eleição na Bahia pelo PL, mas em troca Bolsonaro irá fazer campanha pelo vice, Hamilton Mourão, que vai tentar o senado pelo Rio Grande do Sul.
Fonte: o Globo
Créditos: Polêmica Paraíba
