A presidente Dilma Rousseff convocou ministros, secretários e presidentes de estatais para participar da mobilização nacional no sábado para o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, vírus zika e febre chikungunya. A iniciativa, que contará com o apoio das Forças Armadas, inclui até o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
As exceções são os ministros Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União), que está em férias, e Mauro Vieira (Relações Exteriores). O chanceler estará em viagem no exterior.
A presidente Dilma Rousseff acompanhará a ação do Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos. Ministros e outras autoridades vão se espalhar pelos Estados.
Forças Armadas
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, detalhou em entrevista coletiva, como será a mobilização, em que 220 mil homens e mulheres das três Forças Armadas sairão às ruas para reforçar o combate ao mosquito. Rebelo vai monitorar a ação de Campinas (SP), ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
“Será uma ação de mobilização e orientação para explicar as medidas de eliminação do mosquito”, disse Rebelo. “São ações necessárias e o governo escolheu uma instituição de prestígio e respeito, para quem as pessoas vão abrir as portas”, explicou, sobre o envolvimento das Forças Armadas no processo. “Queremos incorporar a população no combate ao mosquito”, justificou.
O governo também mobilizará ministros, governadores e prefeitos na ação. Dilma vai acompanhar a operação ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Rebelo disse que para que a ação tenha um caráter nacional, ministros atuarão fora de suas bases políticas.
Neste sábado, 220 mil militares vão distribuir milhões de panfletos e prestar esclarecimentos sobre a epidemia do vírus zika e de microcefalia. Eles vão bater nas portas das casas e conversar com os moradores. Os militares serão distribuídos entre 356 municípios – sendo 115 considerados endêmicos, capitais, regiões metropolitanas e cidades com unidades militares.
Foram escolhidos municípios com altos índices de presença de mosquitos e onde existem unidades militares. Em uma segunda etapa, programada para 15 a 19 de fevereiro, 50 mil militares vão inspecionar as residências, acompanhados de agentes de saúdes, para eliminar focos do mosquito e aplicar inseticidas.
Veja a seguir o destino de ministros e outras autoridades:
Ministros
Jaques Wagner (Casa Civil) — São Luís (MA).
Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo da Presidência) — Manaus (AM).
Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) — Maceió (AL).
Marcelo Castro (Saúde) — Salvador (BA).
José Eduardo Cardozo (Justiça) — Fortaleza (CE).
Juca Ferreira (Cultura) — Rio Branco (AC).
Nelson Barbosa (Fazenda) — Goiânia (GO).
Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) — Natal (RN).
Gilberto Occhi (Integração) — Aracaju (SE).
Alexandre Tombini (Banco Central) — Ceilândia (DF).
André Figueiredo (Comunicações) — São Gonçalo do Amarante (RN).
Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) — Vitória (ES).
Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) — Belo Horizonte (MG).
Henrique Eduardo Alves (Turismo) — João Pessoa (PB).
Tereza Campello (Desenvolvimento Social) — Recife (PE).
Nilma Lino Gomes (Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos) — Teresina (PI).
Antonio Carlos Rodrigues (Transportes) — São Paulo (SP).
Kátia Abreu (Agricultura) — Curitiba (PR).
Eduardo Braga (Minas e Energia) — Porto Alegre (RS).
Valdir Simão (Planejamento) — Belém (PA).
Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social ) — Palmas (TO).
George Hilton (Esporte) — Campo Grande (MS).
Gilberto Kassab (Cidades) — Cuiabá (MT).
Aldo Rebelo (Defesa) — Campinas (SP).
Aloizio Mercadante (Educação) — Osasco (SP).
Hélder Barbalho (Portos) — Santos (SP).
Izabela Teixeira (Meio Ambiente) — Niterói (RJ).
Guilherme Ramalho (Aviação Civil) — Feira de Santana (BA).
Carlos Higino (CGU) — Crato (CE).
Secretários
Carlos Gabas (Previdência) — Porto Velho (RO).
Marcos Jorge de Lima (Esportes) — Boa Vista (RR).
Dirigentes de estatais
Gustavo do Vale (Infraero) — Macapá (AP).
Miriam Belchior (Caixa Econômica Federal) — Florianópolis (SC).
Fonte: Valor Econômico