O ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, disse, durante visita no Rio Grande do Sul nessa quinta-feira (8), que é favorável à aprovação pelo Congresso Nacional a dar o aval para a compra de vacinas contra a Covid-19 pela iniciativa privada.
Ainda durante a visita, o ministro elogiou a diplomacia brasileira em busca de vacinas e negou que o Brasil seja uma ameaça internacional por causa do coronavírus.
Durante entrevista coletiva, o ministro defendeu sua posição quanto a aquisição das vacinas pela iniciativa privada: “Uma vez que existe lei, precisa cumprir. Não vou me manifestar sobre decisões do Congresso Nacional. Lei é para ser cumprida. E se houver apoio da iniciativa privada, melhor”, disse. “Não é o momento de ficar ‘ah, porque o privado vai furar a fila’, é preciso parar com isso, vamos nos unir”, finalizou Queiroga.
A Câmara aprovou nesta semana o Projeto de Lei que permite a empresas comprar imunizantes, mesmo que eles não tenham registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde que tenham aval de autoridades semelhantes internacionais.
No entanto, especialistas têm criticado a proposta. Os fabricantes também já se posicionaram anteriormente, afirmando que não pretendem negociar com grupos particulares.
Queiroga também comentou a alcunha de “ameaça mundial” quem tem sido dada ao Brasil no tocante à pandemia: “Ele [Anthony Fauci, cientista americano que lidera o combate à covid-19 no país] deve cuidador dos Estados Unidos. Do Brasil, cuido eu”, rebateu.
O ministro paraibano também tratou sobre a polêmica do “tratamento precoce”. Queiroga, que é cardiologista, disse que cabe aos médicos a decisão de ministrar ou não medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, comprovadamente ineficazes contra a Covid-19.
“Os pacientes precisam ser atendidos de maneira pronta e o tratamento compete ao médico, que é um profissional autônomo e a ele cabe decidir o que é melhor para o seu paciente”, destacou.
Por último, Queiroga também foi perguntado acerca da fala do ministro da secretaria-geral da presidência, Onyx Lorenzoni, de que Estados estariam retendo vacinas. “Não avalio quem está mentindo ou não. Avalio que as políticas públicas têm que chegar a quem precisa delas. Já me vacinei contra a Covid e intrigas”, disse.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba