A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alvares, afirmou nesta sexta-feira (7) que ela e o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), questionam se a política de isolamento adotada pelos povos indígenas é o melhor para eles. Ontem, a pastora foi anunciada como titular da pasta, que terá a Fundação Nacional do Índio (Funai) como uma de suas atribuições.
“O presidente tem falado que o índio não pode ficar isolado. Nós, tanto ele quanto eu, questionamos a política do isolamento. Já dá pra gente rever se isso é o melhor para o índio, a política do isolamento”, explicou a futura ministra, em breve conversa com jornalistas, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde são tocados os trabalhos da equipe de transição.
Na avaliação de Damares, para reverter o isolamento dos indígenas, uma das medidas poderia ser “aos poucos começar a ingressar estes povos, sem agressão alguma a sua cultura, respeitando as especificidades, respeitando inclusive aqueles povos isolados”.
“A classificação é o índio com recente contato, índio isolado, índio semi-isolado. Respeitar a classificação de cada um, mas dá para, aos poucos, a gente interagir com os índios do Brasil. Isso mudaria algo na política de reserva? Não, nada, nadinha”, afirmou a futura titular da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Assessora do senador Magno Malta (PR-ES), um dos principais aliados de Bolsonaro durante a corrida presidencial que ficou sem cargo no primeiro escalão do novo governo, Damares disse que recebeu um vídeo do parlamentar capixaba nesta sexta-feira. “Recebi um vídeo dele agora torcendo para que tudo desse certo. O senador é parceiro, o senador é guerreiro, o senador é fonte de inspiração também”, disse a futura ministra.
Fonte: Valor Econômico
Créditos: Valor Econômico