Criticado por não ter nomeado nenhuma mulher para o primeiro escalão de seu governo, o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), prometeu rever essa situação, caso o Senado decida pelo impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. Em encontro com a bancada feminina da Câmara, Temer manifestou a intenção de nomear uma mulher para a sua equipe ministerial na primeira reforma administrativa de uma eventual gestão definitiva à frente do Palácio do Planalto.
Ao grupo de cerca de 20 deputadas, Temer argumentou que teve pouco tempo para compor a equipe ministerial e, por isso, a ausência de mulheres. Ele ressaltou ainda que os partidos da base aliada não ofereceram nomes de mulheres para a Esplanada dos Ministérios.
“Ele disse que ficará com este grupo de ministros, mas que o processo está em andamento, e deixou claro que haverá a formação de um novo ministério, um pouco mais à frente, e ele vai trabalhar nesta questão da mulher”, disse a deputada federal Josi Nunes (PMDB-TO).
Na conversa com a bancada feminina, Temer garantiu que não haverá retrocessos ou paralisações em políticas e iniciativas de gênero.
“Não é porque não há um Ministério da Mulher que teremos uma paralisação ou retrocesso”, assegurou Temer.
No encontro, as deputadas defenderam a nomeação da presidente do PMDB Mulher, Fátima Pelaes, para a secretaria de política para as mulheres, vinculada ao Ministério da Justiça.
Dilma.
Em conversa com seguidores nas redes sociais, Dilma disse que as mulheres “não querem ser tratadas como um fetiche decorativo”, em ataque à gestão interina de Temer, cujo desenho ministerial não previa mulheres na chefia.
Segundo ela, o governo “provisório” quer “voltar ao passado autoritário” ao extinguir o Ministério da Cultura e realocá-lo na pasta da Educação.
No bate-papo, a presidenta afastada declarou que aquelas que recusaram convite para assumir a Secretaria Nacional de Cultura têm “consciência de gênero”.
Fonte: O SUL
Créditos: O SUL