Se o MDB optar por não lançar a senadora Simone Tebet (MS) à presidência da República, existe uma ala do partido que defende apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi veiculada nesta terça-feira (3) pelo jornal Estado de S. Paulo.
Segundo a publicação, essa foi uma constatação feita pela direção do partido, após um levantamento recente com base nos delegados eleitos pelos diretórios estaduais, nas bancadas e nos prefeitos do partido.
O resultado desse levantamento diz que, embora o ex-presidente Lula (PT) tenha forte interlocução com o MDB no Nordeste, o bolsonarismo é mais forte na correlação de forças interna.
Um levantamento feito pelos integrantes da executiva aponta que, sem candidatura própria, o grupo pró-Lula no MDB conseguiria apenas 30% dos votos, enquanto o atual presidente seria apoiado por 70% dos convencionais. Os cálculos foram feitos com base no quadro de delegados e na leitura do cenário político em cada região. A Região Nordeste, onde está concentrado o apoio a Lula, conta com 107 votos, ou 25% do total da convenção.
Ao Estadão, o deputado federal Alceu Moreira (RS), integrante da executiva nacional do partido e presidente da Fundação Ulysses Guimarães, avaliou que, “sem a Simone, daria Bolsonaro na convenção. Das cinco regiões, só uma é mais favorável a Lula. A maioria do MDB tem restrições ao atual presidente, mas é antipetista”.
Outra ala tem usado o mesmo levantamento como estratégia para de fato o partido lançar Tebet como candidata. A senadora, no entanto, vem enfrentando resistência interna. Apesar dos baixos índices de intenção de voto nas pesquisas eleitorais, Tebet é vista por articuladores de uma candidatura unificada no centro político como o nome mais viável no momento.
MDB, União Brasil, PSDB e Cidadania tinham iniciado conversas para lançar um candidato único à Presidência neste mês. No entanto, o União Brasil já voltou atrás e lançou o deputado federal Luciano Bivar (PE). O PSDB, que tem hoje colocada a pré-candidatura de João Doria (PSDB), segue travando batalhas internas acerca do nome.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba