Marta admite investigação de peemedebistas, mas defende a cassação de Dilma Rousseff

"80% da população que não acredita mais nela"

SP - REPROVAÇÃO/TRE/MARTA SUPLICY/ARQUIVO - POLÍTICA - Foto de arquivo de 10/10/2010 da senadora eleita Marta Suplicy (PT). As contas de campanha de Marta Suplicy (PT) foram reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral   (TRE) de São Paulo. A corte informou que a decisão não impede sua diplomação. Cabe recurso. Toda conta desaprovada é enviada à Procuradoria Geral do Estado (PGE), que decide,   então, quais as providências cabíveis. O tribunal julgou que a razão social da empresa contratada para panfletagem não é compatível com a função. A Bravo Te. Serviços Especializados Ltda   tem como razão social a limpeza de prédios e domicílios. O valor pago à empresa foi de R$ 533,6 mil. Outra despesa com panfletagem, de R$ 185 mil, foi utilizada para pagar alimentação e   transporte da equipe.   10/10/2010 - Foto: WILLIAM VOLCOV/NEWS FREE/AE
SP – REPROVAÇÃO/TRE/MARTA SUPLICY/ARQUIVO – POLÍTICA – Foto de arquivo de 10/10/2010 da senadora eleita Marta Suplicy (PT). As contas de campanha de Marta Suplicy (PT) foram reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo. A corte informou que a decisão não impede sua diplomação. Cabe recurso. Toda conta desaprovada é enviada à Procuradoria Geral do Estado (PGE), que decide, então, quais as providências cabíveis. O tribunal julgou que a razão social da empresa contratada para panfletagem não é compatível com a função. A Bravo Te. Serviços Especializados Ltda tem como razão social a limpeza de prédios e domicílios. O valor pago à empresa foi de R$ 533,6 mil. Outra despesa com panfletagem, de R$ 185 mil, foi utilizada para pagar alimentação e transporte da equipe. 10/10/2010 – Foto: WILLIAM VOLCOV/NEWS FREE/AE

Levada a comentar a situação de colegas de partido alvos de denúncia da Procuradoria Geral da República, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que deixou o PT apontando razões de natureza ética, justificou que todos os partidos têm gente sendo investigada.

“Eles estão sendo investigados e eu não tenho nada com isso… Graças a Deus! Acho que não tem nenhum partido que não tenha pessoas que não estejam sendo investigadas. Me diz um partido?”, perguntou, durante bate papo ao vivo na rádio Jovem Pan, que entrevista os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo.

“Quando você escolhe um partido precisa ver um que você possa atuar a favor do seu Estado. No Congresso Nacional onde posso fazer isso é no meu PMDB. Achei que fiz uma boa escolha, estou satisfeita, fui bem recebida”, acrescentou Marta, ao defender sua escolha pelo PMDB, sigla pela qual deverá disputar concorrer à eleição.

No PMDB, já foram citados na Operação Lava Jato o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – alvo de inquérito no STF –, do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RJ), o senador Edison Lobão (PMDB-MA), os ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo) e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE).

Impeachment

Sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, Marta afirmou ser favorável, ressaltou que o processo não é golpe, que o governo “é um desastre” e que Dilma cometeu “crime fiscal”. Além disso, apontou que o afastamento da presidente recebe apoio de 80% da população brasileira.

“Primeiro queria dizer que impeachment não é golpe. Foi regulamentado pelo Supremo. E segundo porque o Governo é um desastre, economia esfarelando, e sabemos que ela usou um orçamento que não poderia usar sem passar pelo Congresso, isso é um crime fiscal”, destacou.

“E para impeachment, além disso, tem que ter algo que já tem, que é 80% da população que não acredita mais nela. Meu voto vai ser favorável”, acrescentou. Marta disse ainda, sobre o posicionamento dos partidos sobre o impeachment, que “não tem nenhum partido que tenha unanimidade em suas propostas e convicções. Muda de posição toda hora”. “A política é assim, movediça o tempo todo. O que posso dizer é sobre mim”.

Eleições

A senadora disse não acreditar em um opositor maior que os outros neste momento e declarou não se ver como favorita. “Mas eu estou bem aparelhada. Eu sei o que posso ser e fazer”, assegurou, anunciando que fará uma campanha ‘pé na lama’, com agenda nas periferias da capital paulista.

Segundo ela, o PMDB ainda não sabe ao certo como proceder em relação à campanha. “Tudo mudou, não sabemos como fazer, mas estamos pensando, testando… A forma que tem que ser, na minha avaliação, é ‘pé na lama’. E isso é comigo! Estou indo na periferia e o povo lembra o que eu fiz então o povo vem. Então estou bem!”.

No PMDB paulista, o secretário municipal de Educação Gabriel Chalita defende a manutenção da aliança do PMDB com o prefeito Fernando Haddad (PT), que se candidatará à reeleição. Recentemente, depois da chegada de Marta, ele cogitou se candidatar. Marta, porém, é o nome mais forte da legenda para a disputa.

Críticas a Haddad

Entre as propostas para a cidade caso seja eleita prefeita, Marta disse que fará uma avaliação da população sobre as ciclofaixas e diálogo antes de fazer mudanças. A pré-candidata vê a gestão de Haddad omissa nesse sentido, além de sem planejamento.

“Vivemos em São Paulo um governo de exclusão, ninguém participa de nada. Você sai de casa e tem uma ciclotinta na frente de casa. Não é perguntado nada”, atacou Marta, que ainda afirmou que só vai manter as ciclovias e ciclofaixas após análises técnicas de cada caso.

Brasil 247