Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta segunda-feira (9), o ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, afirmou que neste momento não pensa em candidatura para as eleições em 2022. Segundo ele, o foco é “exclusivo na questão sanitária”. Queiroga também afirmou que é possível que o Brasil tenha festas de fim de ano, a exemplo do réveillon, com público.
“Meu foco é exclusivo na questão sanitária. Eu não tenho tempo para outra coisa. Essas outras questões não são questões do momento. Não trabalho com perspectivas de natureza política, e vamos em frente continuar com a missão que o presidente Jair Bolsonaro me deu”, disse. Uma possível candidatura está sendo bastante especulada no Planalto.
Réveillon com público e terceira dose
Sobre a vacinação contra a Covid-19, Queiroga avaliou como possível que o Brasil tenha eventos de fim de ano, como as festas de réveillon, com público, desde que haja um cenário controlado da doença. Segundo ele, 70% do público-alvo já foi vacinado com a primeira dose dos imunizantes.
“Naturalmente, nós queremos que esses eventos sejam realizados […]. Pelo o que está acontecendo no momento, o contexto epidemiológico que vivemos, é possível que no réveillon, dentro de um cenário controlado, tenhamos eventos”, falou.
Perguntado se será necessário que as pessoas continuem tomando a vacina contra a Covid-19 nos próximos anos, o ministro comparou a prevenção da doença com a prevenção contra a gripe, em que todos os anos são aplicadas vacinas. Queiroga afirmou que estudos sobre o tema ainda estão sendo feitos.
“Nós estamos trabalhando no ministério para dar essas respostas à sociedade brasileira baseadas em aspectos técnicos”, respondeu. Ele revelou que foi encomendada uma pesquisa, e a partir das respostas, será avaliada a possibilidade de uma terceira dose.
Consórcio Nordeste e vacina russa
Na última quinta-feira (5), o Consórcio Nordeste, formado pelos governadores dos nove estados da região, anunciou que suspendeu a compra de 37 milhões de doses da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik-V.
Líder do consórcio, o governador do Piauí, Wellington Dias, disse que a decisão foi tomada por conta das condições impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a importação da vacina, culpando também o Ministério da Saúde pela não inclusão do imunizante no Plano Nacional de Imunização (PNI).
Ao comentar as declarações, Queiroga afirmou que a Anvisa é uma das mais bem conceituadas agências de vigilância sanitária do mundo, e lembrou que a Anvisa liberou a importação em junho, com uma série de exigências em razão da falta de documentos e de possíveis riscos que foram identificados no imunizante. Queiroga ainda falou que essas exigências são de natureza técnica, e não política.
“Para que não critiquemos a Anvisa, basta ver a posição da Organização Mundial da Saúde, a OMS, que não concedeu o registro à vacina Sputnik, sequer o registro emergencial”, emendou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba