O ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, irá reavaliar o protocolo do governo federal que indica o uso de cloroquina no tratamento da Covid-19. Bastidores indicam que a recomendação explícita será substituída por uma versão “amenizada”, apenas ressaltando o direito dos médicos de apelar para o uso fora da bula, o chamado “off-label”, quando o acharem necessário. A informação é do portal Metrópoles.
A medicação foi a motivação para a queda de dois ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, que diferentemente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não defendiam o uso do medicamento para o combate à doença.
A recomendação, editada pelo ex-ministro da Saúde e antecessor de Queiroga, Eduardo Pazuello, não é chancelada pela comunidade médico-científica, uma vez que o uso da cloroquina não tem efeito comprovado no combate à doença provocada pelo novo coronavírus.
A recomendação será revisada, mas a orientação do Palácio do Planalto de permitir a “autonomia do médico” deve ser mantida. Atualmente, cabe ao profissional a decisão de usar substâncias contra a Covid-19, sendo necessário a manifestação por escrito da anuência do paciente, como um termo de responsabilidade.
A prescrição do remédio fora da bula, conhecida como off-label, é defendida pelo ministro paraibano. “O que eu defendo é a autonomia do médico para decidir o que é melhor para o seu paciente”, afirmou durante várias entrevistas nas últimas semanas.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba