No último dia em que Waldir Maranhão (PP-MA) preside a Câmara dos deputados, o parlamentar fez um rápido discurso antes de abrir a sessão que definirá o novo presidente da Casa. “Estou com a consciência limpa e tranquila. Sem mágoas e rancores”, disse Maranhão. Além disso, ele agradeceu e pediu desculpas.
O período curto de Maranhão ocupando a cadeira deixada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – afastado da presidência acusado de mentir sobre possíveis contas no exterior-, foi marcado por polêmicas e reviravoltas. O maranhanse, pouco conhecido no cenário político brasileiro, ganhou destaque quando, no primeiro dia de seu mandato, decidiu suspender a votação que autorizava o prosseguimento do impeachment da então presidente, Dilma Rousseff.
Massacrado por aliados de Cunha após a surpreendente reviravolta no impeachment, Maranhão voltou atrásrapidamente e revogou a polêmica decisão. Era apenas a primeira vez que Maranhão mudava de ideia.
Por conta do pouco pulso firme e da baixa popularidade, Maranhão foi alvo de criticas durante toda a presidência. Até o humorista e deputado Tiriricaraspou o bigode para “não ser confunidido” com o presidente interino.
Para resolver o hiato de um presidente com maior articulação política, os deputados decidem nesta quarta-feira (13/7) o substituto de Maranhão na presidência da Câmara. Para o o mandato apelidado de tampão – pois vale apenas até fevereiro de 2017- há 14 parlamentares na disputa.
Fonte: Correio Braziliense