Para conseguir transportar 107 respiradores e 200 mil máscaras da China, escapando do boicote do governo federal, o governo do Maranhão precisou montar uma operação de guerra.
O Painel da Folha de S.Paulo informa que a operação foi traçada depois de o governo do Maranhão ter reservado algumas vezes respiradores, que foram atravessados por Alemanha, EUA e pelo próprio governo federal.
De acordo com a coluna, em março, o governador Flávio Dino (PCdoB) reservou a compra de um lote de respiradores de uma fábrica de Santa Catarina, mas a transação foi bloqueada pelo governo de Jair Bolsonaro.
Depois, o governo do Maranhão reservou 150 respiradores na China, mas foi atravessado pela Alemanha, que passou na frente, pagou mais e levou o pacote. O mesmo ocorreu com outra tentativa de compra, que não se concretizou devido à interferência dos Estados Unidos.
Finalmente, o governo do Maranhão conseguiu levar para casa os respiradores e demais equipamentos com a ajuda de uma importadora maranhense e a negociação direta com a província chinesa de Guangzhou, que enviou os respiradores para a Etiópia, com o objetivo de escapar da interceptação por países europeus e pelos EUA.
Os equipamentos desembarcaram na capital maranhense São Luís na terça-feira (14).
Fonte: Folha de São Paulo
Créditos: Folha de São Paulo