MARANHÃO, CÍCERO E 2018
No começo, foi uma solução salomônica para barrar a divisão do partido entre os que resistiram em deixar o governo Ricardo Coutinho por ocasião do rompimento da aliança de 2014 e que queriam o partido para comandar negociações de 2018, e os que já estavam confortáveis na oposição, entre eles o presidente, senador José Maranhão.
O senador Raimundo Lira liderava o movimento que questionava a direção de José Maranhão, que recebeu apoio público das principais lideranças regionais do PMDB, o que facilitou um entendimento. Na reunião da Executiva Estadual, em 27 de março, nem governistas nem oposicionistas saíram vencedores, mas a tese da candidatura própria.
Na ocasião, vários nomes foram cogitados para a disputa ao governo, mas só Maranhão respondeu que não pleiteava e nem precisava ser candidato – tem mandato até 2023 -, mas aceitaria a missão.
Seis meses depois, as manifestações de apoio e o cenário político alteraram o discurso. Maranhão está entusiasmado. Disse-me que o partido está unido em torno da sua candidatura.
Cortejado por governistas e oposicionistas, Maranhão ouviu do senador Cássio Cunha Lima – ex-correligionário, ex-adversário e parceiro na aliança vitoriosa de 2016 – que não teria constrangimento em sufragar seu nome em 2018. Já o governador Ricardo Coutinho tem feito elogios públicos numa tentativa de atraí-lo para sua base.
O peemedebista sabe que tem os pré-requisitos que serão cobrados em 2018 de qualquer candidato: ficha limpa e competência – a sua pode ser atestada pelo conjunto de obras de seus governos.Contudo, garante que ainda não está conversando sobre alianças.
Negou que o encontro com o ex-prefeito, ex-governador e ex-senador Cícero Lucena tenha sido para atraí-lo para o PMDB. “Ele vota comigo”, afirmou, para completar: “Mas as fotos são de uma reunião de amigos. Foi um almoço social”.
Na oposição, além de Maranhão (PMDB) temos Cássio (PSDB) que já disse que prefere a reeleição, Luciano Cartaxo (PSD) que deseja ser mas não assume se vai renunciar para concorrer a governador, e Romero Rodrigues (PSDB), que teria de quebrar resistência a dois tucanos na chapa majoritária. No bloco governista tem João Azevedo, ainda visto como balão de ensaio do governador. O peemedebista tem motivos para animação.
Fonte: jornal correio da paraiba
Créditos: Lena Guimarães