Um estudo feito pelo Observatório da Violência Política e Eleitoral, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), mostra que houve um aumento de 23% nos casos de violência política no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020, quando ocorreram as eleições municipais.
Segundo o levantamento, a região mais atingida foi o Nordeste, com 38 casos (33,7%), a frente do Sudeste com 34 (30,1%), Norte com 18 (16%), Sul com 11 (9,7%), e por fim, Centro-oeste com 10 (8,9%). O Estado da Bahia é o mais violento da região Nordeste, com 12 casos de violência política (10,6%), em comparação com todo Brasil, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.
As ameaças surgem como o principal tipo de violência ocorrida no trimestre. Entre janeiro e março, 52 lideranças (46% dos casos) sofreram algum tipo de intimidação. A segunda violência com maior número de ocorrências foram os homicídios, com 21 casos (18,6%), seguido por atentados com 18 casos (15,9%), agressões com 15 casos (13,3%), homicídios de familiares com seis (5,3%) e um atentado contra familiar (0,9%).
No Nordeste, a Bahia registrou dois casos de agressão, seguido de 2 de ameaças e 2 atentados, o Sergipe registrou 2 casos de ameaça, Pernambuco 1 caso de agressão e também de ameça, o Maranhão apareceu com 1 ameaça e 1 agressão, já o Ceará têm 2 ameaças e 1 atentado, enquanto o Rio Grande do Norte registrou apenas 1 caso de ameça, sem atentados e agressões, enquanto a Paraíba aparece com 1 caso de agressão e 1de ameaça e 2 atentados.
Os homicídios ocorreram em 11 estados do país. A Bahia volta a liderar no Nordeste com seis casos (22,2%), seguida de Pernambuco, com três homicídios. Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, registraram uma morte cada. Alagoas e Sergipe não tiverem episódios de assassinato, o Piauí não aparece na lista.
As lideranças de cargos locais continuam sendo as vítimas mais frequentes a sofrerem algum tipo de violência política. Neste trimestre, com as movimentações em torno das pré-campanhas para eleição de 2022, foram identificados dois casos contra pré-candidato a presidente (1,8%), dois casos contra pré-candidatos a governador (1,8%), e um caso contra um pré-candidato a deputado federal (0,9%). Não foram indicados os nomes das vítimas nem a região em que os casos foram registrados.
OS PARTIDOS POLÍTICOS ATINGIDOS
Novamente, partidos de diferentes espectros ideológicos somam casos. No período, o PT foi o mais atingido, com 10 casos (8,8%), seguido por Republicanos com nove (8%), PP, PSOL e União Brasil, com oito casos cada (7,1%), e MDB e PL com sete casos cada (6,2%). Segundo o levantamento da UniRio, não foi possível identificar a filiação partidária de 15 lideranças.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba